O imbróglio entre Kylian Mbappé e o Paris Saint-Germain ganhou um novo capítulo. A Justiça francesa suspendeu o embargo de €55 milhões (cerca de R$ 355 milhões) solicitado pelo atacante, que alega não ter recebido valores devidos em seu último contrato com o clube francês. A quantia corresponde a bônus por assinatura, salários dos meses de março, abril e maio de 2024, além de um bônus de ética.
Segundo o jogador, o PSG reteve os pagamentos em retaliação à sua decisão de sair gratuitamente para o Real Madrid, transferência que se concretizou semanas depois. A Liga de Futebol Profissional (LFP) chegou a determinar o pagamento, mas o PSG ignora a ordem sob a justificativa de que ela não tem força vinculativa e aguarda uma decisão judicial definitiva.
A defesa de Mbappé, liderada pela advogada Delphine Verheyden, afirmou ter tentado resolver a questão de forma pacífica ao longo do último ano. Sem sucesso, a equipe jurídica passou a adotar uma postura mais combativa e mobilizou especialistas em diversas áreas do direito para cobrar os valores devidos.
O PSG, por sua vez, rebateu dizendo que o atacante deveria levar a disputa ao Conseil des Prud’hommes, tribunal trabalhista francês, já que, segundo o clube, Mbappé é um funcionário como qualquer outro. A diretoria também destacou que o atleta se beneficiou de privilégios inéditos durante os sete anos em que defendeu o time parisiense.
Mbappé chegou ao PSG em 2017, por €180 milhões, e deixou o clube ao fim de seu contrato, em 2024, recusando novas propostas milionárias de renovação.