O Benfica oficializou nesta quinta-feira (18) a contratação de José Mourinho como novo treinador da equipe. O regresso do técnico português acontece mais de duas décadas depois de sua primeira passagem pela Luz, em um momento de forte pressão interna e após a saída de Bruno Lage, determinada pelo desempenho na atual edição da Champions League, agora em formato de liga
Mourinho iniciou sua trajetória como treinador principal justamente no Benfica, em 2000, após atuar como auxiliar no Barcelona. Na ocasião, a missão revelou-se breve e turbulenta: durou apenas dez jogos. O clube atravessava uma crise financeira e política, e a falta de confiança da direção recém-eleita foi determinante para o desfecho.
O então presidente Manuel Vilarinho deixou claro que preferia Toni para o cargo, o que levou Mourinho a pedir demissão. Ainda assim, deixou uma marca: conquistou cinco vitórias, incluindo um expressivo 3 a 0 sobre o Sporting, sua última partida no Estádio da Luz naquela fase inicial de carreira.
Da curta experiência em Lisboa, o treinador seguiu para a União de Leiria, trampolim para os anos de glória no Porto, Chelsea, Inter de Milão e Real Madrid. Com títulos nacionais e internacionais, Mourinho consolidou-se como um dos técnicos mais marcantes do futebol moderno.
No retorno ao Chelsea, voltou a ser campeão inglês, mas, a partir daí, seus trabalhos no Manchester United, Tottenham, Roma e Fenerbahçe oscilaram entre conquistas pontuais, como a Conference League com os italianos, e críticas pela falta de brilho comparada aos tempos áureos.
Para Rui Costa, presidente do Benfica, a chegada de Mourinho representa mais do que um reforço no banco: é uma aposta de sobrevivência. Fragilizado pelas más atuações recentes e pela contestação crescente, o dirigente vê no nome de Mourinho uma solução capaz de resgatar a confiança da torcida e dar novo fôlego ao projeto encarnado.