Recém-anunciado como novo técnico do Al-Nassr, da Arábia Saudita, Jorge Jesus revelou na segunda-feira (15) um dos maiores arrependimentos de sua carreira: ter recusado o convite para comandar a Seleção Brasileira. A declaração foi feita no embarque de Portugal para Riade, onde iniciará seu novo trabalho ao lado de Cristiano Ronaldo.
“Há coisas na vida em que erramos. Eu errei por não ter aceitado o projeto da Seleção do Brasil. Não fui porque estava de corpo e alma no Al-Hilal”, declarou o treinador português, de 70 anos.
Jesus era um dos nomes cotados pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para substituir Dorival Júnior, demitido em 28 de março. À época, o então presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, via no português uma opção viável para assumir o comando técnico da Amarelinha.
No entanto, Jorge Jesus optou por permanecer à frente do Al-Hilal, que vivia a reta final da temporada saudita. A fidelidade ao projeto, porém, não impediu sua demissão em maio, apenas semanas após recusar a proposta da CBF.
Ídolo no Brasil, o técnico ganhou projeção nacional durante sua passagem pelo Flamengo, entre junho de 2019 e julho de 2020. No comando do Rubro-Negro, Jesus atingiu um aproveitamento de 81,3%, com 43 vitórias, 10 empates e apenas quatro derrotas em 57 partidas.
Durante o curto, mas marcante período, conquistou cinco títulos: Campeonato Brasileiro, Copa Libertadores, Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e Campeonato Carioca, um feito que o colocou na galeria dos grandes treinadores da história do clube carioca.
Agora à frente do Al-Nassr, Jorge Jesus terá a missão de liderar um projeto ambicioso no futebol saudita, ao lado de astros como Cristiano Ronaldo. No entanto, a frustração por não ter vivido o desafio de comandar a Seleção Brasileira ainda ecoa nas palavras do experiente treinador.