John Textor articula recompra do Botafogo com apoio de bilionário grego
O objetivo da operação é desvincular o Glorioso do Lyon, clube francês administrado pela holding Eagle Football, que enfrenta grave crise financeira. A manobra de Textor visa reforçar a independência da SAF alvinegra em relação ao grupo europeu, do qual ele próprio é fundador e controlador majoritário.
Nos bastidores, a relação entre Textor e Marinakis se intensificou nos últimos meses, sobretudo após transações de jogadores entre seus clubes, como as saídas de Jair e Igor Jesus do Botafogo para o Nottingham Forest, equipe inglesa sob gestão do empresário grego. Marinakis também é proprietário do Olympiacos (Grécia) e do Rio Ave (Portugal).
Embora os valores da proposta de recompra não tenham sido revelados, fontes ouvidas pela reportagem indicam que a nova oferta supera amplamente os R$ 400 milhões pagos por Textor em 2022 para adquirir a SAF do Botafogo.
A movimentação ocorre em meio a pressões internas na Eagle Football. Os fundos de investimento Ares Management e Iconic Sports, que viabilizaram financeiramente a compra do Lyon, têm tentado tirar Textor do comando da holding. Ares, inclusive, recebeu ações do Botafogo como garantia, o que significa que, ao concretizar a recompra, o americano estaria readquirindo participação que cedeu anteriormente.
Recentemente, o empresário contratou uma auditoria para avaliar o valor de mercado do clube carioca. Membros da Eagle Football estiveram presentes no Estádio Nilton Santos durante o empate com o Corinthians, no último dia 26, acompanhando de perto o desempenho e a estrutura da SAF.
Após o jogo, Textor foi enfático ao defender a sustentabilidade financeira do Botafogo e a necessidade de separá-lo do Lyon.
“Vou falar claramente: o Botafogo está gerando uma quantia significativa de dinheiro e está financiando operações deficitárias do Lyon. Ganhos com títulos, vendas de jogadores e boa gestão explicam nosso sucesso. Botafogo financia a Europa, não o contrário”, afirmou o empresário.
Textor reforçou ainda que o clube brasileiro é auditado por empresas de alto padrão, com vistas a uma futura abertura de capital (IPO), e negou qualquer crise financeira.
“Quero separar o Botafogo da parte europeia da Eagle, mas essa decisão cabe também à diretoria da holding”, concluiu.
Sob a gestão de John Textor, o Botafogo viveu uma reviravolta histórica. Após um fim de 2023 conturbado, o clube se consolidou em 2024 como protagonista no futebol sul-americano, conquistando a tão sonhada Libertadores e o Campeonato Brasileiro.
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