A forte onda de calor na Califórnia impactou diretamente o amistoso entre Paris Saint-Germain e Atlético de Madrid, realizado no último domingo (15), no Estádio Rose Bowl, em Los Angeles. A partida, disputada ao meio-dia no horário local (16h de Brasília), terminou com goleada dos franceses por 4 a 0, mas o destaque acabou sendo o clima escaldante.
Com temperaturas acima dos 30 °C e sensação térmica ainda maior, os jogadores demonstraram exaustão evidente nas pausas para hidratação. Marcos Llorente, lateral do Atlético de Madrid, que teve dificuldades para conter os avanços de Kvaratskhelia e Nuno Mendes, desabafou sobre as condições extremas.
“É impossível, um calor horrível. Meus dedos dos pés doíam, as unhas doíam, não conseguia frear nem arrancar. Inacreditável. Mas, como é igual para todos, não há do que reclamar”, declarou o jogador.
O técnico do PSG, Luis Enrique, mesmo com a vitória, também criticou duramente o horário definido pela Fifa, priorizando a audiência europeia, o jogo foi transmitido às 21h em Paris e Madri.
“A temperatura influenciou claramente a partida. O horário pode ser bom para a Europa, mas prejudica muito as equipes em campo”, afirmou o treinador.
Situação semelhante está sendo enfrentada pelo Real Madrid, que se prepara para encarar o Al-Hilal em Miami, na quarta-feira (18), às 15h locais (16h de Brasília). O atacante Vini Jr. comentou sobre as dificuldades climáticas que também afetam sua equipe.
“Está muito quente aqui. A primeira partida será às 15h e vai ser bem difícil. Os treinos têm sido intensos, mas hoje foi um pouco mais leve por causa da viagem”, contou o brasileiro, que também celebrou o reencontro com amigos nos Estados Unidos.
A crítica generalizada ao calendário e aos horários das partidas reacende o debate sobre o impacto do marketing global nas condições de jogo e no bem-estar dos atletas.