O futebol equatoriano está de luto. O lateral Mario Pineida, de 33 anos, morreu após ser assassinado a tiros na noite desta quarta-feira(17), em Guayaquil, no Equador. A esposa do atleta, Guisella Fernández, também foi morta no ataque. A mãe do jogador, que acompanhava o casal no momento do atentado, ficou ferida, foi socorrida e levada a um hospital, mas não corre risco de morte.
De acordo com informações divulgadas pelas autoridades locais, Pineida e a esposa foram atingidos por pelo menos 17 disparos. O crime ocorreu na zona norte de Guayaquil, em frente a um açougue no bairro de Sanales. Testemunhas relataram que dois homens chegaram ao local em uma motocicleta e abriram fogo contra as vítimas. O caso é investigado pela polícia equatoriana. As informações iniciais foram publicadas pelo site “Ecuavisa”.
Jogador do Barcelona de Guayaquil, Pineida teve uma carreira marcada por títulos e convocações para a seleção equatoriana. Em 2022, defendeu o Fluminense e fez parte do elenco campeão carioca naquela temporada. O presidente do Barcelona revelou à imprensa local que o atleta havia solicitado proteção especial recentemente, após receber ameaças de morte.
A morte de Pineida se soma a uma sequência de episódios violentos que têm atingido o futebol do país. Nos últimos meses, ao menos outros quatro jogadores foram assassinados: Leandro Yépez e Maicol Valencia, do Exapromo Costa, da segunda divisão; Jonathan González, ex-meia do Independiente del Valle; e Miguel Nazareno, de apenas 16 anos, atleta das categorias de base do mesmo clube.
Em nota oficial, o Barcelona de Guayaquil lamentou profundamente a perda do jogador e exaltou sua trajetória no clube. “Chegou em 2016. Fez história para sempre. Dois títulos, duas semifinais de Libertadores, com garra, entrega e amor pela camisa amarela. Mario, você será eternamente parte da história do Ídolo”, publicou a equipe nas redes sociais.
O Fluminense também se manifestou. “O Fluminense Football Club recebeu com profundo pesar a notícia do falecimento de Mario Pineida, atleta que defendeu o clube em 2022. Ele chegou ao Tricolor no início da temporada em que conquistamos juntos o título carioca. Manifestamos nossa solidariedade aos familiares e amigos”, escreveu o clube carioca em seu perfil oficial no X.
O assassinato de Mario Pineida reforça o clima de insegurança que ronda o futebol equatoriano e levanta novos questionamentos sobre a proteção de atletas no país.