João Félix acumula mudanças e críticas: “Virou máquina de fazer dinheiro”, diz empresária da Fifa

A empresária licenciada pela Fifa, Jen Mendelewitsch, foi direta ao criticar a condução da carreira do jogador. “João Félix não joga futebol há muito tempo. É uma máquina de imprimir dinheiro, e com o próprio aval. Deveria ter assumido o controle da própria carreira”, declarou à emissora RMC Sport. “Ele foi para projetos que não combinavam com seu estilo. Atlético de Madrid por 126 milhões de euros, Chelsea por 50… E nada se concretizou.”

Desde que deixou o Benfica rumo ao Atlético, em 2019, João não conseguiu se firmar. Apesar de ser a contratação mais cara da história do clube espanhol, nunca se adaptou ao estilo de Diego Simeone e teve desempenho oscilante. Foram três temporadas, marcadas por altos e baixos e uma saída conturbada.

Passou ainda por Chelsea, Barcelona e Milan, quase sempre por empréstimo e sem grande destaque. No Chelsea, por exemplo, teve duas passagens: a primeira com apenas quatro gols em 20 jogos; a segunda, mais recente, rendeu sete gols e duas assistências em 20 partidas, sendo titular em apenas nove delas.

No Milan, para onde foi emprestado em fevereiro de 2025, a história se repetiu: 20 jogos, três gols e nenhuma assistência. Foi a quarta mudança de clube desde janeiro de 2023.

“É um exemplo clássico das armadilhas do futebol moderno. Muitos jovens com talento acabam sendo tratados como ativos financeiros e não como atletas em desenvolvimento”, analisou Mendelewitsch. Ela ainda afirmou que um retorno ao Benfica teria feito mais sentido esportivamente, mas esbarrou em questões financeiras.

Agora, aos 25 anos, João Félix tenta recomeçar no Al-Nassr. Resta saber se, dessa vez, o talento que o revelou como uma das grandes promessas de Portugal encontrará um ambiente estável para florescer de vez.