Jimmy Butler provoca o Miami Heat e exalta nova fase no Golden State Warriors: “Aqui não há ego”

“Todo aquele barulho e caos em Miami valeram a pena. Agora, tenho sorte de fazer parte de uma franquia fenomenal como o Warriors”, afirmou Butler, em tom irônico. “Alguém sempre tem que ser o vilão, e esse alguém sou eu. Sempre sou eu que acabo sendo o problema. Mas tudo bem”, completou, entre risos.

Butler destacou a harmonia e o foco coletivo do elenco californiano. Segundo ele, o Golden State tem uma hierarquia clara e livre de disputas internas, em contraste com os bastidores turbulentos do Heat.
“Aqui todos sabem o seu papel. Sabemos que Steph é o cara, e estamos bem com isso. Em qualquer noite, posso ser o segundo, o Kuminga pode ser o segundo, o Draymond também. Nosso trabalho é ajudá-lo”, explicou.
“Não tenho ego. Não sou a primeira opção, e estou ótimo com isso. Ser veterano é saber quem você é. O ego é o inimigo”, completou o camisa 10.

A chegada de Butler ao Warriors aconteceu na trade deadline, após uma sequência de suspensões em Miami por “conduta inapropriada” e “insubordinação”. De acordo com Marc Spears, da ESPN, o jogador se sentia desvalorizado e tinha uma relação desgastada com Pat Riley, presidente do Heat.

Ao desembarcar em San Francisco, Butler mandou um recado claro à antiga equipe:
“Aqui eu vejo um grupo que queria que eu fizesse parte dele. Ser necessário é tudo o que você quer, não só na liga, mas na vida. Sentir-se querido é o maior sinal de respeito.”

Butler atuou pelo Miami Heat de 2019 até o início de 2025, período em que liderou a franquia em duas finais da NBA (2020 e 2023) e uma decisão de conferência (2022). Agora, ele busca um novo capítulo no Warriors, com contrato de US$ 111 milhões válido até 2027, e um objetivo claro: voltar a disputar títulos, desta vez, em meio à serenidade de San Francisco.