Inglaterra testa resistência ao calor em treinos na Espanha de olho na Copa de 2026

As estruturas montadas no centro de treinamento europeu funcionam como câmaras térmicas, onde os jogadores realizam exercícios físicos, como pedalar em bicicletas ergométricas, sob temperaturas elevadas e alta umidade. A ideia é reproduzir as condições que devem prevalecer durante o verão no Hemisfério Norte, quando o Mundial será disputado.

Essa etapa da preparação é acompanhada de perto pela comissão técnica e pelo departamento de performance da Federação Inglesa, que monitoram a adaptação dos atletas ao calor. O objetivo é mapear limites físicos, entender como o elenco reage e desenvolver estratégias para preservar o desempenho em situações extremas.

A preocupação com o clima é justificada. Segundo especialistas, 14 das 16 cidades-sede da próxima Copa poderão registrar temperaturas potencialmente perigosas em junho e julho. Dallas, por exemplo, ultrapassa os 28 °C em mais de 80% dos dias nesses meses, tornando-se um cenário desafiador para os atletas.

Tuchel não esconde sua apreensão. Em entrevista à BBC, o treinador disse que espera dificuldades por conta das altas temperaturas. “Já trabalhei em Orlando e ficaria surpreso se os jogadores não sofressem”, afirmou. O técnico também planeja visitar os Estados Unidos durante o Mundial de Clubes deste ano para avaliar os estádios e as condições climáticas in loco.

“É essencial assistir a partidas em lugares como Miami às três da tarde. Precisamos entender como será a hidratação, o resfriamento dos atletas e quais são nossas opções”, completou.

Além dos treinos, a seleção inglesa tem compromissos importantes neste mês. Neste sábado, enfrenta Andorra pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Já no dia 10 de junho, faz amistoso contra o Senegal no City Ground, casa do Nottingham Forest. Sob o comando de Tuchel, a Inglaterra venceu os dois primeiros jogos das Eliminatórias e lidera o Grupo K, demonstrando solidez nesta nova fase de preparação.