Hugo Calderano fez história neste domingo em Doha. Aos 28 anos, o brasileiro se tornou o primeiro atleta de fora da Ásia ou Europa a disputar uma final do Campeonato Mundial de Tênis de Mesa. Apesar da derrota por 4 sets a 1 (12/10, 11/3, 4/11, 11/2 e 11/7) para o chinês Wang Chuqin, número 2 do mundo, Calderano saiu com uma medalha de prata inédita para o Brasil.
Exausto após uma semifinal intensa, o número 3 do ranking não conseguiu repetir o desempenho de abril, quando derrotou Wang na semifinal da Copa do Mundo e se sagrou campeão ao vencer o líder do ranking, Lin Shidong, na final. Desta vez, o chinês confirmou o favoritismo e ampliou a vantagem no confronto direto: cinco vitórias em sete jogos contra Calderano.
“Hoje não consegui apresentar meu melhor. O jogo de ontem me esgotou fisicamente. Durante a partida, tentei lutar até o fim, mas não tinha mais nada no tanque. Mesmo assim, foi um campeonato incrível”, afirmou o brasileiro.
Wang Chuqin mantém a hegemonia chinesa, que já dura 22 anos no Mundial — o segundo torneio mais importante do tênis de mesa, atrás apenas dos Jogos Olímpicos. Vice-campeão mundial em 2023, ele chegou a Paris como favorito ao ouro individual, mas caiu precocemente diante do sueco Truls Moregardh. Ainda assim, levou dois ouros olímpicos: por equipes e nas duplas mistas.
Calderano, por sua vez, reforça seu nome entre os grandes do esporte e mira novos feitos. “Estou muito orgulhoso de competir nesse nível. Espero continuar evoluindo cada vez mais”, disse.