A edição de 2025 do Grande Prêmio de Mônaco marcou a estreia da polêmica regra das duas paradas obrigatórias na Fórmula 1. A medida, implementada com a intenção de aumentar a movimentação na corrida mais tradicional do calendário, acabou frustrando expectativas: os quatro primeiros colocados cruzaram a linha de chegada exatamente nas mesmas posições em que largaram
Apesar das críticas por parte dos pilotos, o chefe da Red Bull, Christian Horner, avaliou positivamente a tentativa da FIA de deixar o GP mais estratégico.
“Diria que foi uma melhoria. A corrida teve mais risco e estratégia, certamente melhor que no ano passado, quando vimos apenas uma procissão após a bandeira vermelha na primeira volta”,comentou Horner, relembrando o GP de 2024, em que a interrupção precoce permitiu as trocas de pneus durante a paralisação, tornando o restante da prova monótono.
Ainda assim, o dirigente acredita que uma mudança mais profunda será necessária para tornar as corridas em Monte Carlo mais emocionantes: a modificação do traçado.
“Essa é, talvez, a única solução real para estimular ultrapassagens. Acho que não vimos nenhuma neste ano. Precisamos estudar maneiras de criar zonas de frenagem mais longas, talvez na saída do túnel ou na primeira curva”, sugeriu.
Horner também apontou um problema estrutural na Fórmula 1 atual: o tamanho dos carros.
“ Os carros estão tão grandes que mal há espaço para disputas lado a lado. Isso limita muito as chances de ultrapassagem”, completou.
No campeonato, a Red Bull ocupa a terceira posição no Mundial de Construtores, com 143 pontos , quatro atrás da líder Mercedes e apenas um à frente da Ferrari. A próxima etapa será o GP da Espanha, em Barcelona, entre os dias 30 de maio e 1º de junho.