Prestes a encerrar sua primeira temporada pela Ferrari sem sequer um pódio, Lewis Hamilton já trabalha nos bastidores para garantir que 2026 não repita os mesmos erros. Em Abu Dhabi, o heptacampeão admitiu que revisará profundamente processos, pessoas e decisões tomadas ao longo do ano, e sugeriu que mudanças internas podem ocorrer.
Segundo Hamilton, cada fim de semana foi minuciosamente documentado: sensações, falhas, escolhas e pontos de aprendizado. Durante as férias, ele disse que fará uma análise detalhada para ajustar sua abordagem e otimizar o desempenho ao lado da equipe. O britânico insinuou ainda possíveis alterações no grupo que o cerca diretamente, incluindo realocações de funções dentro do próprio time. Um dos alvos frequentes de críticas é seu engenheiro de corrida, Riccardo Adami.
A pressão interna coincide com uma virada estratégica da Ferrari. O chefe Frederic Vasseur revelou que, já no fim de abril, a equipe migrou quase todos os esforços para o projeto de 2026, diante do forte domínio da McLaren no início da temporada. A decisão, embora necessária, trouxe desafios psicológicos, afinal, havia ainda quase 20 corridas pela frente sem grandes atualizações previstas.
Hamilton, por sua vez, afirmou que também “virou a chave” em junho, produzindo relatórios internos com diagnósticos e sugestões sobre o carro e os métodos operacionais da escuderia. Entre as críticas, estaria a dificuldade do SF-25 em aquecer os pneus, problema que afeta tanto o britânico quanto Charles Leclerc.
Sem um pódio até aqui, Hamilton pode fechar 2025 em branco pela Ferrari. Leclerc, mesmo com sete top 3 no ano, também sofre com resultados irregulares e nenhuma vitória recente. O cenário deixa claro: a Ferrari aposta tudo no novo regulamento de 2026, e Hamilton quer ter certeza de que a equipe estará pronta quando a revolução técnica começar.