Hamilton pressiona Ferrari e envia novo relatório cobrando mudanças internas: “Não quero repetir a história de Alonso e Vettel”

De acordo com a publicação, Hamilton vem se mostrando particularmente insatisfeito com os métodos de trabalho da equipe durante os fins de semana de corrida. Um dos principais pontos levantados pelo britânico seria a dificuldade no aquecimento dos pneus do SF-25, um problema descrito como “recorrente e não resolvido”, que vem comprometendo a performance tanto dele quanto de Charles Leclerc frente às equipes de ponta.

Outro foco de irritação do piloto estaria relacionado à falta de voz nas decisões internas. Hamilton esperava ter maior influência técnica e estratégica, mas, segundo o Corriere, tem enfrentado resistência e visto alguns de seus pedidos ignorados, enquanto tenta ajustar um carro considerado instável e imprevisível.

O chefe de equipe, Frédéric Vasseur, e o coordenador de pista, Matteo Togninalli, teriam protagonizado uma discussão acalorada recentemente, episódio negado pela escuderia, mas que reacendeu questionamentos sobre o ambiente interno. Togninalli, que havia recuperado prestígio junto a Jérôme D’Ambrosio (vice-diretor) e Loïc Serra (diretor técnico), voltou a ser pressionado pelos maus resultados das últimas etapas.

Hamilton, por sua vez, já havia revelado após o GP da Bélgica, em julho, que vinha redigindo relatórios detalhados sobre os problemas da equipe. Ele afirmou ter se reunido diversas vezes com o presidente John Elkann, o CEO Benedetto Vigna e Vasseur, além de lideranças técnicas responsáveis pelo carro e pelo motor de 2026.

“Tenho analisado onde estamos e o que precisamos mudar. Enviei relatórios completos sobre o carro e sobre a estrutura da equipe. Quero garantir que evoluímos”, afirmou o britânico.

Mesmo com todo o empenho, os resultados seguem aquém das expectativas. Hamilton ainda não venceu uma corrida oficial pela Ferrari, sua única conquista foi na sprint do GP da China, prova que não conta para as estatísticas oficiais. O heptacampeão já soma 18 corridas consecutivas fora do pódio, igualando o recorde negativo do francês Didier Pironi e registrando a pior sequência sem top-3 da história da escuderia italiana.

Determinado a não repetir o destino de outros campeões frustrados pela Ferrari, como Fernando Alonso e Sebastian Vettel, Hamilton garantiu que seguirá pressionando por mudanças:

“Eles tiveram pilotos incríveis nas últimas duas décadas, mas eu me recuso a deixar que o mesmo aconteça comigo. Quero quebrar esse ciclo”, afirmou o britânico.