O GP do Azerbaijão, disputado neste domingo (21) em Baku, trouxe um episódio curioso na Ferrari. Lewis Hamilton terminou em oitavo, à frente de Charles Leclerc, mas reconheceu após a corrida que errou ao não conseguir devolver a posição ao monegasco na última volta.
Leclerc havia cedido o oitavo lugar ao heptacampeão na volta 42, permitindo que Hamilton tentasse atacar os rivais à frente. A estratégia, no entanto, não funcionou: o britânico ficou preso no chamado trem de DRS, formado por Liam Lawson, Yuki Tsunoda e Lando Norris, e não conseguiu avançar. Na volta final, a equipe pediu a devolução da posição. Hamilton chegou a desacelerar na reta, mas tarde demais para que o companheiro o ultrapassasse antes da bandeirada.
“Eu tirei o pé e freei, mas ele não conseguiu passar, foi por apenas quatro décimos. Um julgamento errado da minha parte, e vou pedir desculpas ao Charles. No fim, é apenas por oitavo e nono”, admitiu o heptacampeão, que ainda revelou ter recebido a ordem do engenheiro Riccardo Adami muito tarde, quando ainda alimentava uma mínima esperança de avançar sobre Lawson.
Apesar do contratempo, Leclerc não demonstrou incômodo. O monegasco ressaltou que a Ferrari foi pouco competitiva no fim de semana e evitou polemizar.
“Por oitavo ou nono, sinceramente não importa. O que precisamos discutir é por que fomos tão lentos. Claro que temos regras internas e hoje talvez não tenham sido seguidas, mas isso não é o ponto. Se estivéssemos brigando por posições mais relevantes, a situação seria diferente. Hoje, não ligo”, afirmou.
O resultado ruim custou caro à Ferrari, que perdeu a vice-liderança do Mundial de Construtores para a Mercedes. Agora, a equipe alemã soma 290 pontos, contra 286 dos italianos. No campeonato de pilotos, Leclerc ocupa o quinto lugar, com 165 pontos, enquanto Hamilton aparece logo atrás, em sexto, com 121.