Haiti volta à Copa do Mundo após 52 anos em classificação histórica marcada por crise e superação
A partida decisiva foi disputada em Willemstad, em Curaçao, já que o Haiti segue impossibilitado de atuar em casa por causa da grave crise de violência que atinge o país. Mesmo longe de seus domínios, a equipe respondeu em campo: Louicius Don Deedson abriu o placar, enquanto Ruben Providence selou a vitória que devolveu os haitianos ao maior palco do futebol mundial.
A classificação foi confirmada após o 0 a 0 entre Costa Rica e Honduras, em San José, resultado que deixou os hondurenhos fora até mesmo da repescagem.
O feito ganha ainda mais destaque diante das condições extremas enfrentadas pela seleção. O técnico Sébastien Migne, francês de 52 anos, está no comando há 18 meses, mas nunca pisou no Haiti. O controle de gangues armadas em Porto Príncipe e a falta de voos internacionais tornaram impossível sua presença no país.
“É muito perigoso. Normalmente, moro nos países onde trabalho, mas aqui não é possível. Não há mais voos para lá”, disse Migne à France Football. A preparação do time ocorreu de forma remota: o treinador recebeu informações por telefone de dirigentes locais e montou a equipe à distância.
A eliminação de Honduras ainda abriu caminho para Jamaica e Suriname, que garantiram vagas na repescagem mundial após o Suriname conseguir um gol salvador nos acréscimos contra a Guatemala.
Com uma campanha marcada por resiliência em meio ao caos, o Haiti volta à Copa do Mundo carregando um simbolismo que transcende o futebol.
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