Apesar da vitória sobre o Bournemouth, que praticamente garantiu o Manchester City na próxima edição da Champions League, Pep Guardiola surpreendeu ao adotar um tom duro na entrevista coletiva pós-jogo. O técnico espanhol fez críticas contundentes à diretoria do clube, manifestando incômodo com o número elevado de jogadores no elenco e deixando no ar a possibilidade de deixar o cargo caso a situação não mude
“Eu já disse ao clube: não quero um elenco grande. Não quero ter que cortar cinco ou seis atletas a cada partida. Se continuarem montando elencos assim, eu saio. Não dá para minha alma colocar jogadores nas arquibancadas que estão em condição de jogar”, disparou Guardiola.
Atualmente, o Manchester City conta com 28 jogadores no elenco principal. Devido às restrições de regulamento das competições, Pep frequentemente precisa deixar nomes de fora da lista de relacionados, algo que, segundo ele, afeta o ambiente interno e a conexão do grupo.
“Não quero 24, 25 ou 26 jogadores quando todos estão saudáveis. Se tivermos lesões, tudo bem, chamamos a base e nos adaptamos. Mas não consigo sustentar o emocional e a alma do time dessa forma. Precisamos reconstruir a conexão entre nós, que se perdeu nesta temporada. Os jogadores já sabem que vão ficar fora antes mesmo da disputa começar”, completou.
A frustração do treinador também reflete o desempenho abaixo do esperado em 2025. O City, que terminou a temporada sem levantar troféus, ainda briga por uma vaga na próxima Liga dos Campeões. No momento, a equipe ocupa a terceira posição da Premier League, com 68 pontos, dois a mais que o Aston Villa, o primeiro fora da zona de classificação.
Na última rodada, o Manchester City visita o Fulham no domingo (25), às 12h (horário de Brasília). Um empate basta para selar a vaga. Em caso de derrota, a equipe ainda pode se garantir, desde que Newcastle, Chelsea, Aston Villa ou Nottingham Forest não vençam seus respectivos compromissos. Todos os jogos acontecerão simultaneamente.