Guardiola celebra saída de Ancelotti do Real e projeta futuro em seleções: “Gostaria de viver uma Copa do Mundo”

“Estou muito feliz por ele. Mas mais ainda por ele não estar mais em Madri, porque ele me vence o tempo todo. Que eu não tenha mais que lidar com isso”, brincou Guardiola, que perdeu quatro dos cinco confrontos eliminatórios contra Ancelotti na Champions.

Apesar de reafirmar seu compromisso com o City, Guardiola revelou que sonha em comandar uma seleção nacional no futuro. “Sempre pensei em disputar uma Copa do Mundo, uma Euro, uma Copa América. Depende de muitas coisas. Se acontecer, ótimo. Se não, tudo bem também”, ponderou.

Após uma temporada atípica sem títulos, rara em uma carreira marcada por 12 campeonatos nacionais conquistados em três países diferentes, o técnico espanhol rechaça a necessidade de provar algo a críticos ou rivais.

“Não é sobre provar algo para os outros. É para mim mesmo. Porque quando você vence, o vinho fica mais gostoso, você dorme melhor. Nenhum técnico perde e dorme como um bebê. Isso não existe. A preocupação faz parte da nossa profissão”, afirmou.

Com o City prestes a disputar a nova Copa do Mundo de Clubes, entre 14 de junho e 13 de julho nos Estados Unidos, Guardiola já projeta o próximo grande desafio: conquistar mais uma Champions. Se reencontrar o Real Madrid pelo caminho, ao menos não terá Ancelotti no banco rival.

“Ganhar tudo, o tempo todo, não é realista. Nem os maiores atletas fizeram isso. Michael Jordan ganhou seis títulos da NBA em 15 anos. Tiger Woods, Jack Nicklaus… eles perderam mais do que venceram. É parte do esporte”, disse o treinador, colocando as expectativas em perspectiva.

Enquanto o futebol não volta, Pep curte férias em Barcelona com hábitos simples. “Acordar tarde, não estar com jogadores, ir a shows, deitar no sofá, ler livros. Ver séries que me indicaram durante a temporada. Jogar golfe quando o corpo deixa. No fim, quero fazer as mesmas coisas que todo mundo faz na vida”, concluiu.