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GP da Grã-Bretanha promete duelo britânico com ameaça australiana

17:07, 2 julho 2025
Aline Feitosa
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O tradicional circuito de Silverstone, berço da Fórmula 1 há 75 anos, volta a ser o centro das atenções neste fim de semana com um enredo que mistura rivalidade, emoção e torcida inflamada. Três pilotos britânicos entram na disputa sonhando com a glória em casa, mas terão de encarar o líder do campeonato, o australiano Oscar Piastri, que está disposto a frustrar a festa local.

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Representando a McLaren, Piastri chega embalado por uma temporada consistente, já soma cinco vitórias em 11 etapas, e lidera o Mundial com 15 pontos de vantagem sobre seu companheiro de equipe, o britânico Lando Norris. Os dois têm protagonizado uma disputa eletrizante, transformando a briga pelo título em uma espécie de campeonato interno da escuderia.

O palco não poderia ser mais simbólico. Silverstone carrega o peso da história e o fervor de uma torcida apaixonada. Um dos setores mais concorridos, o chamado “Landostand”, estará completamente lotado com 10 mil fãs de Norris, que busca vencer em casa após ter dominado todas as sessões de treino e conquistado a pole position na Áustria, onde também segurou a pressão do companheiro para vencer.

O detalhe curioso é que, em março, foi Norris quem venceu o GP da Austrália, terra natal de Piastri, um ingrediente a mais para a rivalidade que esquenta a temporada. “Não sei se vou ouvir meu nome nas arquibancadas como da última vez, mas o apoio aqui sempre foi respeitoso. Corro por uma equipe britânica, é natural que torçam mais pelo Lando”, disse o australiano.

Enquanto a dupla da McLaren toma conta do topo da tabela, Max Verstappen, atual tetracampeão da Red Bull, aparece em terceiro lugar. O abandono na última corrida, na Áustria, foi seu primeiro da temporada e ampliou sua desvantagem para preocupantes 61 pontos.

Mas se o favoritismo está em disputa entre os jovens talentos, ninguém em Silverstone recebe tanto carinho quanto Lewis Hamilton. Ídolo máximo da torcida britânica, o heptacampeão agora corre pela Ferrari e sonha com um feito histórico: vencer pela décima vez no circuito. Em 2023, ele quebrou um jejum de 52 provas sem vitórias e conquistou um dos triunfos mais emocionantes da carreira.

Este ano, no entanto, a missão é ainda mais desafiadora. A escuderia italiana ainda não venceu nenhuma corrida principal em 2024, exceção feita ao triunfo de Hamilton na corrida sprint em Xangai, e o veterano piloto não sobe ao pódio há 13 GPs, seu maior jejum na F1.

A boa notícia para os tifosi é que a Ferrari deu sinais de reação na etapa anterior, com Leclerc em terceiro e Hamilton em quarto, graças a um novo assoalho que parece ter melhorado o desempenho do carro.

A expectativa de público também é alta: mais de meio milhão de pessoas devem acompanhar os quatro dias do evento, número que pode ser decisivo para empurrar os britânicos rumo ao pódio. George Russell, da Mercedes, que venceu no Canadá e largou na pole em Silverstone no ano passado, também é forte candidato, especialmente se o clima mais frio favorecer sua performance.

Entre os demais britânicos no grid, Oliver Bearman (Haas) e o anglo-tailandês Alex Albon (Williams) buscam pontuar e elevar ainda mais a vibração nas arquibancadas. O estreante Kimi Antonelli, companheiro de Russell, largará três posições atrás do que conquistar na classificação, por conta de uma punição herdada da corrida anterior.

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