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Gianinna Maradona depõe por 7 horas e acusa médicos de negligência nos últimos dias de vida do pai

21:05, 14 maio 2025
Aline Feitosa
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Gianinna Maradona, filha de Diego Armando Maradona, prestou depoimento por cerca de sete horas na última terça-feira (13), no Tribunal de San Isidro, na Argentina, no âmbito do processo que apura as circunstâncias da morte do ídolo do futebol em 2020. Visivelmente abalada, ela fez duras críticas à equipe médica responsável pelos cuidados do ex-jogador em seus últimos dias.

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“O que nos foi prometido era uma internação domiciliar séria, com estrutura e responsabilidade. Mas isso nunca aconteceu”, desabafou Gianinna. Ela relatou que confiava no neurocirurgião Leopoldo Luque, na psiquiatra Agustina Cosachov e no psicólogo Carlos Ángel Díaz, todos réus no caso. Em lágrimas, recordou os momentos finais ao lado do pai, que morreu aos 60 anos.

Gianinna contou que viu Maradona pela última vez com vida no dia 18 de novembro de 2020, uma semana antes do falecimento. “Ele estava deitado na cama, inchado, sem conseguir se levantar. Seus olhos, suas mãos tudo estava muito inchado. Eu me deitei com ele, implorei para que fosse até a cozinha comigo, que se levantasse. Mas ele não tinha ânimo, não tinha vontade de nada. Nem conseguia abrir os olhos direito.”

Além de Luque, que havia operado Maradona pouco antes da morte, também respondem pelo crime de “homicídio simples com dolo eventual” ou “homicídio por negligência” os profissionais da saúde: Agustina Cosachov (psiquiatra), Carlos Ángel Díaz (psicólogo), Nancy Edith Forlini (médica), Ricardo Almirón (enfermeiro), Mariano Ariel Perroni (chefe dos enfermeiros) e Pedro Pablo Di Spagna (médico clínico).

Na visão de Gianinna, houve um verdadeiro abandono. “Montaram uma peça de teatro. Tudo foi uma farsa para manter meu pai isolado, em um ambiente escuro, triste e completamente solitário”, afirmou.

A filha do eterno camisa 10 compareceu ao tribunal acompanhada de sua irmã, Dalma, de sua mãe, Claudia Villafañe, e de seu filho, Benjamín. Ela revelou que, após a morte do pai, mergulhou em profunda dor e precisou de ajuda psiquiátrica. “Senti vontade de morrer”, confidenciou.

O depoimento de Gianinna reforça a tese de que houve falhas graves no cuidado com Diego Maradona durante o período em que esteve em tratamento domiciliar, e pode ser decisivo no andamento do julgamento que comove a Argentina.

Publicado em: Notícias,
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