Ídolo incontestável nos gramados e considerado o maior jogador da história de Camarões, Samuel Eto’o enfrenta uma série de acusações desde que assumiu a presidência da Federação Camaronesa de Futebol (FECAFOOT). A gestão do ex-atacante virou alvo de advogados internacionais e de órgãos como o Ministério do Esporte, a Fifa e a Confederação Africana de Futebol (CAF).
As denúncias incluem corrupção, possível manipulação de resultados, conflito de interesses em razão da parceria da federação com a empresa de apostas 1xBet, além de supostas manobras eleitorais para assegurar a vitória de Eto’o no pleito que o levou ao comando da entidade.
Emmanuel Nsahlai, advogado que lidera uma das ações, defende que o objetivo não é manchar a imagem do ex-jogador, mas resgatar a credibilidade da federação.
“Isto não é um ataque a Samuel Eto’o como jogador. Sua carreira é intocável.
Trata-se de recuperar a governança do futebol camaronês para que represente os valores de excelência, integridade e fair play que ele mesmo defendeu em campo. Meu dever, como advogado e camaronês, é lutar por uma federação que sirva ao povo, aos jogadores e ao futuro do esporte”, afirmou.
Enquanto o Ministério do Esporte pede revisão de regras internas da FECAFOOT, Fifa e CAF pressionam por uma suspensão preventiva de Eto’o, além da abertura de um processo formal no Conselho de Ética da entidade máxima do futebol.
O futuro da gestão do ex-jogador, portanto, está sob forte questionamento e pode resultar em medidas severas contra sua permanência no cargo.