Gennaro Gattuso foi apresentado oficialmente nesta quinta-feira (19) como novo técnico da seleção italiana. Aos 47 anos, o ex-volante campeão do mundo em 2006 assume o desafio de recolocar a Azzurra no caminho da próxima Copa do Mundo, após duas ausências consecutivas no torneio.
Gattuso substitui Luciano Spalletti, demitido no início do mês após a derrota por 3 a 0 para a Noruega nas Eliminatórias. O ex-comandante encerrou sua breve passagem com uma vitória por 2 a 0 sobre a Moldávia, mas não resistiu à pressão.
Durante a coletiva de apresentação realizada em um hotel no centro de Roma, Gattuso falou sobre o peso do cargo e demonstrou confiança. “É um sonho que se tornou realidade. Sei que não será fácil, mas nada na vida é. Meu objetivo é trazer entusiasmo e formar uma verdadeira família. Só assim vamos reencontrar o espírito que sempre caracterizou esta camisa”, afirmou.
Conhecido pelo apelido de “Ringhio” (rosnado, em italiano) pela entrega em campo, Gattuso acumulou 73 jogos com a camisa da seleção italiana como jogador. Ícone do Milan, onde venceu duas Ligas dos Campeões e dois Campeonatos Italianos, ele também soma conquistas como técnico, incluindo a Copa da Itália com o Napoli em 2020. Seu último trabalho foi no Hajduk Split, da Croácia, onde terminou a temporada na terceira colocação.
O contrato firmado com a Federação Italiana de Futebol (FIGC) é de um ano, com possibilidade de extensão em caso de classificação para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.
Atualmente, a Itália ocupa a terceira colocação no Grupo I das Eliminatórias e volta a campo no dia 5 de setembro, quando enfrenta a Estônia em casa. Gattuso reconheceu o impacto das recentes ausências em Copas do Mundo e destacou a importância de virar a página. “Os jogadores sentem o peso do passado. Precisamos reagir com coragem. Só quem dá tudo de si consegue sair dessa situação.”
A missão é clara: restaurar o orgulho de uma tetracampeã mundial e garantir seu lugar no maior palco do futebol.