Justin Gaethje não escondeu sua insatisfação com a decisão do UFC de deixá-lo de fora da disputa pelo cinturão vago dos pesos-leves (70 kg). Em entrevista ao podcast The Makeshift, o ex-campeão simbólico do título BMF criticou duramente a organização por escalar Charles do Bronx e Ilia Topuria para a luta que deve definir o novo campeão da divisão no UFC 317.
Segundo Gaethje, o combate contra Max Holloway, no histórico UFC 300, foi mais um “favor” prestado ao evento do que uma real oportunidade de se aproximar do título. Ele destacou o próprio retrospecto recente: três vitórias nas últimas quatro lutas, contra duas vitórias e duas derrotas de Oliveira no mesmo período.
“Desde a minha vitória sobre o (Rafael) Fiziev, o então campeão (Islam Makhachev) já dizia que queria me enfrentar. Eles poderiam ter marcado essa luta facilmente. Mas não fizeram. Agora, ele deixa o cinturão, e colocam o Oliveira, que está 2-2 e já perdeu para o Makhachev, e um novato no lugar… e eu sou passado para trás de novo. Não vou mais lutar com nenhum desses filhos da p*** por diversão, a não ser que me paguem muito mais”, disparou o americano.
O lutador ainda afirmou estar aguardando um posicionamento oficial do UFC, mas deixou claro que não aceita ser responsabilizado por problemas que escapam do seu controle.
“Estou esperando o anúncio. O Oliveira está 2-2, eu estou 3-1. O que querem que eu faça? Não é minha culpa que o (Dan) Hooker saiu da luta. O (Arman) Tsarukyan deveria ter conseguido a vaga, mas se sabotou. Problema dele”, acrescentou.
O futuro de Gaethje no UFC permanece incerto. Seu empresário, Ali Abdelaziz, chegou a sugerir a possibilidade de aposentadoria, caso o atleta não receba uma chance concreta de disputar o cinturão.
Com a divisão dos leves em um cenário indefinido e decisões da organização sendo cada vez mais contestadas por seus principais nomes, a pressão por justiça esportiva ganha força, e Gaethje segue sendo uma voz ativa nessa cobrança.