França encara Ucrânia no aniversário dos atentados de Paris, e Mbappé promete homenagem às vítimas

Durante coletiva nesta quarta-feira (12), o capitão Kylian Mbappé afirmou que os Bleus querem transformar o jogo em uma homenagem às vítimas e familiares da tragédia.

“Gostaria de dizer algumas palavras em nome da seleção, da comissão técnica e dos jogadores. Amanhã será um dia especial. Queremos prestar uma homenagem a todos os afetados. Sabemos que não será um dia de alegria, mas a lembrança dessa data é algo essencial”, declarou o atacante do Real Madrid.

Naquela noite, há uma década, a França disputava um amistoso contra a Alemanha no Stade de France, quando um homem-bomba detonou um cinto de explosivos próximo ao Portão D, matando um pedestre. O então presidente François Hollande estava no estádio. Os ataques, reivindicados pelo Estado Islâmico, se espalharam pela capital francesa e resultaram em uma das noites mais sombrias da história recente do país.

Mbappé, que na época ainda não defendia a seleção principal, contou que vivenciou o medo à distância, em Mônaco, enquanto seus pais estavam em Bondy, região próxima de Paris.

“Eu estava assistindo ao jogo e recebendo informações. Havia medo, preocupação. Não sabíamos quando aquilo ia acabar. Agora, jogar dez anos depois é algo especial. Queremos honrar as pessoas que foram atingidas por aquele evento trágico”, afirmou.

O técnico Didier Deschamps, que comandava a equipe naquele amistoso, também falou sobre o simbolismo da data.

“É um momento delicado. Estávamos no banco naquela noite e sabemos o peso dessa lembrança. Há um dever de memória, de solidariedade e de compaixão”, disse o treinador.

Entre os jogadores que estiveram em campo no Stade de France em 2015, apenas Lucas Digne permanece no grupo atual.

Além da carga emocional, a partida carrega importância esportiva: uma vitória garante à França a classificação para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.

No entanto, como reforçou Mbappé, o principal objetivo desta quinta-feira será prestar tributo às vítimas e reafirmar o espírito de união que marcou a reação da França após os ataques.