Fluminense encara o Al-Hilal por vaga na semifinal do Mundial de Clubes; equilíbrio e estratégia prometem duelo tático

As vitórias recentes de ambas as equipes não vieram por acaso. A leitura de jogo e a aplicação das estratégias definidas por seus treinadores foram determinantes. Enquanto Renato tem familiaridade com seu elenco, está no comando do Tricolor desde março e preparou o time com uma espécie de pré-temporada de dez dias nos Estados Unidos, Simone Inzaghi assumiu o time saudita já às vésperas do torneio, o que limita seu entrosamento com o grupo.

Pelo lado tricolor, a principal aposta ofensiva está nas infiltrações pelo corredor direito, onde a dupla Samuel Xavier e Jhon Arias costuma se destacar. Diante do City, o Al-Hilal mostrou vulnerabilidade entre o zagueiro e o lateral, espaço que pode ser explorado pelo Fluminense para buscar profundidade e finalizações perigosas.

Em contrapartida, a equipe carioca precisa estar atenta às transições rápidas dos sauditas. Com jogadores velozes, como Malcom, o Al-Hilal costuma castigar as defesas adversárias quando há espaço. Foi assim que virou contra a Inter e também como o Fluminense sofreu diante do Ulsan. Evitar confrontos diretos em velocidade e fazer boas coberturas serão pontos cruciais para o sistema defensivo tricolor.

Outro aspecto a ser observado é a saída de bola do time saudita. O Al-Hilal tem o hábito de atrair a marcação para o seu campo defensivo, desorganizando as linhas rivais e abrindo espaço para lançamentos em profundidade. O Flu, que se saiu bem ao pressionar o Borussia Dortmund, pode se beneficiar de erros nessa construção inicial com uma marcação individual mais agressiva e recuperação de bola em zonas decisivas do campo.

O técnico Renato Gaúcho também precisará manter o equilíbrio entre intensidade e atenção. A equipe que conseguir sustentar o foco por mais tempo e minimizar erros tende a sair com a vaga. Num jogo com forte carga tática e potencial de ser decidido nos detalhes, a concentração será a principal arma.