A decisão da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras, marcada para este sábado, ganhou amplo espaço na imprensa europeia. O jornal The Guardian classificou os dois clubes como “superpotências” do continente, destacando que ambos alcançaram um patamar de gestão, investimento e ambição comparável ao de grandes equipes europeias.
Segundo a publicação britânica, a final representa o ponto mais alto de um processo de transformação que remodelou o futebol sul-americano na última década. Flamengo e Palmeiras não só dominaram o cenário brasileiro como também redefiniram a competitividade, o mercado de transferências e a imagem da própria Libertadores. Desde 2016, apenas o River Plate, em 2018, conseguiu romper a sequência de títulos brasileiros.
O Guardian dedica parte de seu texto à trajetória de sucesso do Palmeiras sob comando de Abel Ferreira. O técnico português, há cinco anos no cargo, algo raríssimo no futebol brasileiro, coleciona 10 títulos, incluindo dois Campeonatos Brasileiros, duas Libertadores seguidas e uma Copa do Brasil. O desempenho elevou o clube a outro patamar comercial e esportivo, além de impulsionar jovens talentos exportados para gigantes europeus, como Estêvão (Chelsea) e Endrick (Real Madrid).
Do lado rubro-negro, o jornal destaca o peso internacional do elenco e a presença de figuras ligadas ao futebol europeu, como o técnico Filipe Luís e reforços recentes como Samuel Lino, Jorginho e Saúl Ñíguez. Filipe, que venceu duas Libertadores como jogador do Flamengo, agora conduz um grupo estrelado, fruto de uma década de profissionalização e planejamento que consolidou o clube como o mais forte do continente em vários períodos.
Flamengo e Palmeiras se enfrentam às 18h (de Brasília). Além do título da Libertadores de 2025, o vencedor também entrará para a história como o primeiro clube brasileiro tetracampeão da competição.