Flamengo avança no projeto do estádio, mas construção no Gasômetro ainda depende de prazo e cautela financeira

Segundo Bap, o clube já possui a posse definitiva e documentada do terreno, adquirido em 2024, e revisou os custos do empreendimento após estudos conduzidos pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A estratégia da atual gestão é criar uma reserva financeira antes de definir o modelo de execução da obra, adotando uma postura conservadora para não comprometer o desempenho esportivo do clube.

“Hoje temos segurança jurídica, o terreno é do Flamengo, e os estudos da FGV ajustaram o projeto e os custos. A ideia é formar uma poupança para, no momento adequado, decidir se vamos construir e de que forma. O próximo passo é a saída da Naturgy, o que pode levar até quatro anos. Só após isso será possível realizar uma descontaminação mais profunda da área”, explicou o presidente.

A desocupação do terreno pela empresa de gás é considerada essencial para que o Flamengo avance para a fase seguinte do projeto, já que a limpeza completa da área depende da liberação total do espaço.

O terreno do Gasômetro foi adquirido durante a gestão de Rodolfo Landim, que chegou a anunciar a inauguração do estádio para 15 de novembro de 2029, data que marcaria os 127 anos do clube. No entanto, esse cronograma foi descartado pela atual diretoria, que optou por desacelerar o projeto para preservar o equilíbrio financeiro e esportivo.

De acordo com os estudos da FGV em parceria com a Arena, o Flamengo conseguiu reduzir significativamente o custo estimado da obra, que caiu de mais de R$ 3 bilhões para cerca de R$ 2,2 bilhões, reforçando a viabilidade do projeto a longo prazo, ainda que sem pressa para sair do papel.