Firmino brilha na final e lidera Al-Ahli à inédita conquista da Champions Asiática após período de ostracismo

A consagração veio em um cenário de superação. Firmino, de 33 anos, ficou de fora da lista de inscritos do Campeonato Saudita por decisão da comissão técnica após a chegada de novos reforços estrangeiros ao elenco.

Com o limite de oito atletas estrangeiros por clube no torneio local, o ex-Liverpool acabou preterido e ficou um mês sem atuar. Mesmo assim, permaneceu integrado ao elenco e teve participação vital na campanha do Al-Ahli na Champions da Ásia, competição com regras mais flexíveis para estrangeiros, são permitidos 10 jogadores por equipe, com ajustes jogo a jogo.

Após o título, Firmino não conteve a emoção e desabafou.
“Eu passei por um deserto aqui. Eles me tiraram da liga, me deixaram só na Champions, e eu não desisti. Nunca desisti, porque eu sei o que me trouxe até aqui. Toda honra e glória a Deus. É um grande prazer fazer parte deste grande clube,declarou o jogador”, às lágrimas, enquanto os torcedores em Jedá entoavam seu nome: “Bobby, Bobby”.

Firmino foi responsável pelas assistências para os gols de Galeno e Kessié, que selaram o placar da final. Ao longo da campanha, teve envolvimento direto em 13 dos gols do Al-Ahli: balançou as redes seis vezes e deu sete passes decisivos. O desempenho o levou a ser eleito o melhor jogador da Champions da Ásia, coroando sua resiliência e impacto dentro de campo.

O camisa 9 disputou normalmente o Campeonato Saudita até janeiro, quando a contratação de Galeno, ex-Porto, excedeu o número de estrangeiros permitidos. Mesmo afastado da liga nacional, Firmino manteve o foco e se tornou peça-chave na conquista histórica do clube saudita no cenário continental.