Fifa projeta nova edição do Mundial de Clubes e recebe pressão do Real Madrid por torneio bienal

O clube espanhol foi protagonista não só em campo, mas também fora dele. Segundo o periódico britânico, o Real Madrid foi responsável por aproximadamente 25% da venda total de ingressos do torneio e registrou a maior média de público, o que reforça sua influência comercial no evento. Embalada por esse sucesso, a diretoria merengue teria sugerido à Fifa que o Mundial se tornasse bienal, proposta que, até o momento, não encontra respaldo entre os dirigentes da entidade.

O presidente da Fifa, Gianni Infantino, vê a realização do Mundial de Clubes a cada dois anos como uma medida excessiva, embora considere outras possibilidades de expansão do torneio. Uma das alternativas em estudo é o aumento do número de participantes. A edição de 2029 pode ter até 48 clubes, superando os 32 que disputaram a versão inaugural no novo formato.

Em pronunciamento recente, Infantino demonstrou interesse em ver gigantes europeus que ficaram de fora da primeira edição no próximo Mundial. Entre os clubes mencionados estão Arsenal, Liverpool, Manchester United, Tottenham, Barcelona, Napoli e Milan. Até o momento, apenas o Paris Saint-Germain, campeão da Liga dos Campeões 2024/25, tem presença assegurada na próxima edição. Já o Chelsea, atual campeão do Mundial, ainda precisará garantir sua vaga por meio dos critérios classificatórios estipulados pela Fifa para as equipes europeias.

A definição da sede do próximo torneio ainda está em aberto. O Catar apresentou candidatura formal, mas a Fifa demonstra preferência por modelos de organização conjunta, como os das próximas Copas do Mundo de seleções: Canadá, Estados Unidos e México em 2026; e Marrocos, Espanha e Portugal em 2030.

O Brasil também surge como postulante. Recém-eleito presidente da CBF, Samir Xaud se reuniu com Infantino em junho e manifestou interesse em sediar a Copa do Mundo de Clubes de 2029. A proposta brasileira envolve o aproveitamento da infraestrutura planejada para a Copa do Mundo Feminina de 2027, reforçando a capacidade logística e operacional do país para receber grandes competições internacionais.