A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou uma série de ajustes no regulamento técnico visando a próxima temporada, com o objetivo de impedir interpretações criativas e o uso de brechas por parte das equipes. As mudanças atingem principalmente o controle dos novos motores.
Uma das principais alterações está no método de limitação do consumo de energia. A partir de agora, o parâmetro passa a ser o fluxo energético máximo de 3.000 megajoules por hora (MJ/h), substituindo o modelo anterior, que se baseava apenas no limite de fluxo de massa de combustível, fixado em 100 kg/h.
Outra modificação relevante envolve o sistema de coleta e fiscalização de dados. Antes, as equipes operavam com dois medidores distintos, um interno e outro exclusivo para o monitoramento da FIA. Com o novo regulamento, será utilizada uma única unidade padronizada, fornecida pela empresa Allengra, o que busca garantir maior uniformidade e transparência nas medições.
A entidade também reforçou o controle sobre possíveis manipulações relacionadas à temperatura dos sensores. A preocupação é que o aquecimento ou resfriamento proposital dos medidores possa comprometer a precisão dos dados registrados.
Em outubro, o Conselho Mundial de Automobilismo já havia incluído uma cláusula proibindo qualquer interferência térmica intencional. Agora, o texto foi ampliado para vetar explicitamente qualquer dispositivo, sistema ou procedimento que tenha como objetivo, ou efeito, alterar a temperatura do equipamento.
Com o fim da temporada 2025, a Fórmula 1 entra em seu período de recesso. Os carros voltam à pista entre os dias 26 e 30 de janeiro, em testes privados em Barcelona. Em seguida, a categoria se desloca para o Bahrein, onde serão realizadas as sessões oficiais de pré-temporada, marcadas para os períodos de 11 a 13 e de 18 a 20 de fevereiro.
A abertura oficial do campeonato acontece no Grande Prêmio da Austrália, programado para os dias 6 a 8 de março, marcando o início de mais uma temporada sob regras mais rígidas e fiscalização reforçada.