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Ferrero quebra o silêncio sobre saída de Alcaraz e diz que separação poderia ter sido evitada

02:12, 25 dezembro 2025
Aline Feitosa
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Uma semana após Carlos Alcaraz, atual número 1 do mundo, anunciar de forma inesperada o fim da parceria com Juan Carlos Ferrero, o ex-treinador falou publicamente pela primeira vez sobre o rompimento. Em entrevista ao jornal espanhol Marca, nesta quarta-feira, Ferrero afirmou que a relação entre ambos seguia saudável e que a separação aconteceu apesar de um cenário que, segundo ele, “parecia estar bem”.

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Ferrero explicou que, ao término da temporada, é natural que contratos sejam revistos e que existiam pontos nos quais não havia consenso. Para ele, o desfecho poderia ter sido diferente caso houvesse mais diálogo. “Havia questões que não estavam alinhadas. Se tivéssemos sentado para conversar, talvez fosse possível chegar a um acordo, mas isso não aconteceu. No fim, seguimos caminhos distintos”, declarou. O ex-técnico ressaltou ainda que o último ano foi muito positivo esportivamente e que jamais houve conflitos pessoais entre eles.

O espanhol também fez questão de afastar rumores de que o término teria sido motivado por questões financeiras. “O dinheiro nunca foi prioridade para mim. Falaram que eu pedi mais, mas isso não foi um problema nem a razão do fim do projeto”, garantiu.

Ferrero comentou ainda sobre a chegada de Samuel López à comissão técnica de Alcaraz, apontando que a mudança trouxe “um ar fresco” ao time. Segundo ele, a pré-temporada já havia sido planejada em conjunto com López, agora confirmado como novo treinador do líder do ranking. “Tive a sorte de trabalhar com alguém que aprende muito rápido. Tudo estava organizado”, disse.

Sobre um possível desgaste natural na relação, Ferrero reconheceu que o convívio intenso ao longo dos anos pode pesar. “Viajar constantemente, passar muito tempo longe de casa, tudo isso desgasta. A inclusão do Samuel foi pensada justamente para minimizar esse impacto”, explicou. Ele destacou que Alcaraz, prestes a completar 23 anos, ainda tem margem para evoluir nos aspectos mental, físico e técnico.

Questionado sobre a possibilidade de treinar Jannik Sinner, atual número 2 do mundo e principal rival de Alcaraz no circuito, Ferrero adotou cautela. “São jogadores extraordinários, mas não é o momento de pensar nisso. Ainda estou processando essa etapa, porque continuo pensando no Carlos”, afirmou.

Por fim, Ferrero reforçou que não vê a ruptura como definitiva no aspecto humano. “Não houve acordo em alguns pontos, mas isso não impede que sigamos amigos e com uma boa relação. Não fecho portas para o Carlos. Sempre disse a ele que tem potencial para ser o melhor da história”, concluiu.

Publicado em: Notícias,
Rostos: Carlos Alcaraz
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