O meia Lucas Paquetá, do West Ham, foi advertido pela Football Association (FA) por não colaborar totalmente com as investigações no processo que o envolvia em suposta manipulação de apostas esportivas. A decisão, divulgada na última terça-feira (28), determina uma repreensão formal ao jogador, sem aplicação de multa significativa ou suspensão de partidas.
De acordo com o relatório da FA, uma comissão disciplinar independente concluiu que Paquetá violou duas vezes a Regra F3, ao deixar de responder a perguntas e não fornecer todas as informações solicitadas durante a apuração. A entidade, porém, reiterou que o atleta segue absolvido das acusações de manipulação de resultados, encerrando oficialmente um caso que se arrastou por quase dez meses.
A investigação, iniciada em maio de 2024, apurava a suspeita de que o brasileiro teria forçado quatro cartões amarelos em partidas disputadas entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Em julho, a FA já havia anunciado a inocência de Paquetá quanto à manipulação de apostas, considerando as acusações infundadas.
Como parte da decisão final, o meia foi obrigado a arcar com 10% das custas processuais, enquanto os 90% restantes ficaram sob responsabilidade da própria Federação, reforçando o entendimento de que não houve dolo do jogador.
O West Ham celebrou o desfecho em nota oficial:
“O West Ham United pode confirmar que uma Comissão Reguladora independente inocentou Lucas Paquetá das acusações de má conduta feitas contra ele pela FA por supostas violações da regra E5”, comunicou o clube.
O caso também envolvia o tio do jogador, Bruno Tolentino, e guardava relação com a denúncia feita contra o ex-Botafogo Luiz Henrique.
De acordo com o jornal britânico The Times, Paquetá avalia uma possível saída do West Ham em janeiro de 2026. Em 2023, uma negociação avançada com o Manchester City foi suspensa devido à investigação, e neste ano o Aston Villa voltou a demonstrar interesse no meio-campista brasileiro.