A Federação Inglesa de Futebol (FA) deve divulgar nesta sexta-feira (25) a decisão final sobre o caso que envolve o meia Lucas Paquetá, do West Ham. O julgamento é decisivo para o futuro do jogador brasileiro, que pode ser banido do futebol de forma definitiva, caso a punição mais severa seja aplicada.
Contratado por 51 milhões de libras (cerca de R$ 379 milhões), Paquetá foi formalmente acusado pela FA em maio deste ano, após uma investigação que durou dez meses. O processo disciplinar, iniciado ainda em 2023, sofreu sucessivos atrasos, gerando insatisfação tanto no clube quanto no staff do atleta.
A audiência foi aberta em 17 de março, com expectativa inicial de conclusão em até três semanas. No entanto, o veredito foi adiado e, desde então, cresceu a tensão em torno do desfecho.
Paquetá responde por quatro violações à Regra E5.1 da FA, relacionadas à manipulação de resultados. Segundo a entidade, ele teria forçado cartões amarelos em quatro partidas da Premier League, disputadas entre novembro de 2022 e agosto de 2023. Os jogos citados foram contra Leicester, Aston Villa, Leeds e Bournemouth.
A acusação pede a suspensão definitiva do jogador, medida considerada extrema. Além disso, Paquetá ainda enfrenta duas acusações adicionais por suposta obstrução das investigações. De acordo com o jornal britânico The Sun, o brasileiro teria utilizado um segundo celular enquanto o aparelho principal estava sob posse da FA, e depois descartado o dispositivo reserva, ação que pode ser interpretada como tentativa de esconder provas.
Paralelamente ao processo na Inglaterra, o nome de Paquetá também apareceu na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado brasileiro. O relatório final da comissão, aprovado recentemente, recomenda o indiciamento de Bruno Tolentino, tio do jogador, por suspeita de envolvimento em um esquema de apostas. Segundo as investigações, ele teria transferido grandes somas de dinheiro a atletas, incluindo um repasse de R$ 30 mil ao ex-jogador do Botafogo Luiz Henrique, em fevereiro de 2023.
Tanto Lucas Paquetá quanto a FA já apresentaram suas alegações finais ao comitê disciplinar independente, que tomará a decisão definitiva. A sentença poderá ser contestada por ambas as partes, caso haja recurso.