F1: Rivais da McLaren apostam que nova fiscalização nas asas dianteiras pode embaralhar forças no GP da Espanha
A partir de 1º de junho, a FIA passou a aplicar testes mais rigorosos para verificar a flexibilidade das asas dianteiras, exigindo que as equipes adaptem seus projetos para garantir mais rigidez estrutural. A medida é similar àquela que, no início da temporada, passou a valer para as asas traseiras. Agora, os times tiveram que redesenhar componentes aerodinâmicos chave, o que pode impactar diretamente o desempenho, principalmente em circuitos técnicos como o da Catalunha.
Fred Vasseur, chefe da Ferrari, vê a mudança como um possível divisor de águas: “Barcelona está no radar de todos. Trabalhamos nisso há meses, mas só a pista vai dizer como isso afetará cada carro”.
A equipe italiana é a atual quarta colocada no Mundial de Construtores, apenas um ponto atrás da Red Bull.
Do outro lado da disputa, a McLaren, que venceu seis das oito provas até aqui, tenta minimizar o impacto. Com liderança folgada no campeonato de construtores (172 pontos à frente da Mercedes), a equipe afirma que o traçado de Barcelona pode ser mais desafiador que o novo regulamento. “O circuito não favorece nosso carro naturalmente, mas estamos preparados”, disse um porta-voz da equipe.
Christian Horner, chefe da Red Bull, também reconhece que a mudança pode interferir no equilíbrio atual. “Pode não mudar nada, ou pode afetar até a degradação dos pneus. É uma variável importante”, afirmou, projetando dificuldades para todos os times.
O GP da Espanha exige alta carga aerodinâmica e oferece poucas chances de ultrapassagem. Após o morno GP de Mônaco, a expectativa é por uma prova mais movimentada. “O desafio agora é interpretar bem essas novas regras. Vamos ver se isso altera a ordem competitiva”, comentou Andrea de Zordo, diretor técnico da Haas.
A disputa entre os pilotos da McLaren também está acirrada: Oscar Piastri lidera o campeonato com três pontos de vantagem sobre Lando Norris, que vem embalado por duas vitórias consecutivas. Piastri, no entanto, é o piloto com mais triunfos na temporada, com quatro vitórias contra duas do companheiro.
Outros nomes também buscam protagonismo. Lewis Hamilton, agora na Ferrari, quer sua primeira vitória com a nova equipe em corridas principais, venceu apenas o sprint em Xangai até agora. Na Mercedes, a pressão é grande após o vexame em Mônaco, onde George Russell e o novato Kimi Antonelli não pontuaram.
Na casa dos espanhóis, a torcida se divide entre Fernando Alonso e Carlos Sainz. O bicampeão vive sua pior largada de temporada em dez anos e ainda não pontuou. Já Sainz, que perdeu o assento na Ferrari para Hamilton, agora defende a Williams e tenta mostrar serviço no retorno ao GP da Espanha como piloto da casa.
Fora das pistas, o futuro da prova espanhola está em discussão. O contrato com Barcelona vai até 2026, mas Madri pode assumir o posto já em 2026. Alonso, agora embaixador do circuito catalão, defende sua permanência. Sainz, por sua vez, promove o novo autódromo madrilenho, alimentando uma rivalidade simbólica entre os dois maiores nomes do país na F1.
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