F1: Rivais da McLaren apostam que nova fiscalização nas asas dianteiras pode embaralhar forças no GP da Espanha

Aline Feitosa
O Grande Prêmio da Espanha de Fórmula 1, que acontece neste fim de semana em Barcelona, pode marcar um ponto de virada na temporada. Rivais da McLaren, equipe dominante em 2025, acreditam que a nova regulamentação sobre a rigidez das asas dianteiras pode nivelar o grid, ou ao menos reduzir a vantagem dos atuais líderes

A partir de 1º de junho, a FIA passou a aplicar testes mais rigorosos para verificar a flexibilidade das asas dianteiras, exigindo que as equipes adaptem seus projetos para garantir mais rigidez estrutural. A medida é similar àquela que, no início da temporada, passou a valer para as asas traseiras. Agora, os times tiveram que redesenhar componentes aerodinâmicos chave, o que pode impactar diretamente o desempenho, principalmente em circuitos técnicos como o da Catalunha.

Fred Vasseur, chefe da Ferrari, vê a mudança como um possível divisor de águas: “Barcelona está no radar de todos. Trabalhamos nisso há meses, mas só a pista vai dizer como isso afetará cada carro”.

A equipe italiana é a atual quarta colocada no Mundial de Construtores, apenas um ponto atrás da Red Bull.

Do outro lado da disputa, a McLaren, que venceu seis das oito provas até aqui, tenta minimizar o impacto. Com liderança folgada no campeonato de construtores (172 pontos à frente da Mercedes), a equipe afirma que o traçado de Barcelona pode ser mais desafiador que o novo regulamento. “O circuito não favorece nosso carro naturalmente, mas estamos preparados”, disse um porta-voz da equipe.

Christian Horner, chefe da Red Bull, também reconhece que a mudança pode interferir no equilíbrio atual. “Pode não mudar nada, ou pode afetar até a degradação dos pneus. É uma variável importante”, afirmou, projetando dificuldades para todos os times.

O GP da Espanha exige alta carga aerodinâmica e oferece poucas chances de ultrapassagem. Após o morno GP de Mônaco, a expectativa é por uma prova mais movimentada. “O desafio agora é interpretar bem essas novas regras. Vamos ver se isso altera a ordem competitiva”, comentou Andrea de Zordo, diretor técnico da Haas.

A disputa entre os pilotos da McLaren também está acirrada: Oscar Piastri lidera o campeonato com três pontos de vantagem sobre Lando Norris, que vem embalado por duas vitórias consecutivas. Piastri, no entanto, é o piloto com mais triunfos na temporada, com quatro vitórias contra duas do companheiro.

Outros nomes também buscam protagonismo. Lewis Hamilton, agora na Ferrari, quer sua primeira vitória com a nova equipe em corridas principais, venceu apenas o sprint em Xangai até agora. Na Mercedes, a pressão é grande após o vexame em Mônaco, onde George Russell e o novato Kimi Antonelli não pontuaram.

Na casa dos espanhóis, a torcida se divide entre Fernando Alonso e Carlos Sainz. O bicampeão vive sua pior largada de temporada em dez anos e ainda não pontuou. Já Sainz, que perdeu o assento na Ferrari para Hamilton, agora defende a Williams e tenta mostrar serviço no retorno ao GP da Espanha como piloto da casa.

Fora das pistas, o futuro da prova espanhola está em discussão. O contrato com Barcelona vai até 2026, mas Madri pode assumir o posto já em 2026. Alonso, agora embaixador do circuito catalão, defende sua permanência. Sainz, por sua vez, promove o novo autódromo madrilenho, alimentando uma rivalidade simbólica entre os dois maiores nomes do país na F1.

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