As comemorações do título da Copa do Rei conquistado pelo Barcelona geraram polêmica fora das quatro linhas. Os atacantes Raphinha e Lamine Yamal, dois dos principais nomes da equipe na temporada, foram criticados publicamente pelo ex-jogador Tote, que se incomodou com a postura da dupla durante a cerimônia de premiação.
Em entrevista ao site espanhol El Desmarque, Tote, revelado pelo Real Madrid no fim dos anos 1990, apontou como desrespeitosa a escolha dos jogadores de subirem ao palco com acessórios chamativos, como óculos de sol espelhados, para cumprimentar o rei da Espanha.
“Subir ao palco com óculos brilhantes? Isso, na minha época, não era permitido. Jogadores como Hierro e Redondo não aceitariam esse tipo de atitude. Te diriam na hora: ‘Aonde você vai assim?’”, afirmou o ex-atacante. “Eu não me identifico com isso. Há códigos que devem ser respeitados.”
Tote também fez distinções entre os jogadores, ponderando que Yamal, de apenas 17 anos, ainda está em fase de amadurecimento e precisa ser orientado por quem o cerca. Por outro lado, foi mais duro com Raphinha, a quem atribuiu responsabilidade maior por ser mais experiente.
“Entendo que Yamal seja muito jovem e tenha um talento enorme. Mas ele precisa de pessoas ao redor que lhe mostrem o que é apropriado ou não. Já Raphinha, sendo mais velho, cometeu um erro ainda maior”, avaliou.
Além das críticas aos atletas, Tote também comentou a postura do pai de Lamine Yamal nas redes sociais, sugerindo que a exposição excessiva da família pode prejudicar o jovem jogador.
“Meu pai nunca teria feito isso. Ele ia para a arquibancada, ficava quieto, em um canto. A família deve ser um apoio silencioso, não uma fonte de distração”, concluiu.
Tote teve passagem pelo time principal do Real Madrid entre 1999 e 2003, e atuou por outros clubes espanhóis como Betis, Málaga, Valladolid e Hércules.