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EUA banem mulheres trans de competições femininas olímpicas e paralímpicas

00:07, 24 julho 2025
Aline Feitosa
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O Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) alterou suas diretrizes de elegibilidade e passou a proibir a participação de mulheres transgênero em competições femininas. A mudança, publicada discretamente na segunda-feira (21) no site oficial da entidade, segue uma ordem executiva assinada em fevereiro pelo presidente Donald Trump.

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A nova política determina que apenas atletas designadas como mulheres ao nascer poderão competir em categorias femininas, encerrando a possibilidade de participação de mulheres trans, independentemente de sua identidade de gênero. Em comunicado enviado às federações filiadas, o USOPC afirmou que está “cumprindo exigências federais” e destacou a necessidade de “preservar ambientes de competição justos e seguros para as mulheres”.

Anteriormente, o USOPC permitia a presença de atletas trans em eventos femininos desde que respeitassem os critérios das federações internacionais. Essa autonomia, garantida pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) em 2021, agora está sob pressão com o decreto do governo Trump, que tenta influenciar as regras globais, inclusive para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

A decisão dos EUA segue tendência adotada por outras entidades esportivas, como a NCAA (responsável pelo esporte universitário) e a World Aquatics, que restringe a participação de atletas trans que passaram pela puberdade masculina. Isso, na prática, exclui quase todas as mulheres trans de alto rendimento.

O caso mais conhecido é o da nadadora Lia Thomas, que ficou fora da seletiva americana para Paris 2024 e teve seu recurso negado pela Corte Arbitral do Esporte. A World Aquatics estabelece que apenas mulheres trans que tenham completado a transição antes dos 12 anos podem competir em torneios femininos, um critério criticado por especialistas e entidades médicas por ser, na maioria dos países, irrealizável legalmente.

A exclusão faz parte de uma agenda mais ampla do governo Trump, que no início do atual mandato já havia restringido a definição de sexo em documentos oficiais ao sexo biológico, afetando políticas de identidade de gênero em áreas como saúde e sistema penitenciário.

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