A permanência de Max Verstappen na Red Bull segue indefinida e vem movimentando os bastidores da Fórmula 1. Segundo o site alemão Auto Motor und Sport, o estafe do tetracampeão mundial condiciona a continuidade do piloto à adoção de uma reestruturação interna profunda na equipe, com foco na redução do poder de Christian Horner, atual chefe de equipe.
O plano discutido prevê a descentralização de funções estratégicas que hoje estão concentradas nas mãos de Horner, incluindo áreas como engenharia, unidade de potência e marketing. A proposta mira um modelo de gestão mais horizontal, semelhante ao adotado pela McLaren, com a distribuição de responsabilidades entre diferentes líderes executivos.
Por anos, Horner contou com o apoio incondicional da família tailandesa Yoovidhya, controladora majoritária da Red Bull. No entanto, fontes internas indicam que o grupo já não é tão inflexível quanto à permanência do dirigente. Do outro lado, o setor austríaco da empresa, incomodado com a perda de desempenho da equipe em 2025 e o desgaste público causado por polêmicas envolvendo Horner, enxerga a descentralização com bons olhos.
Ainda assim, remover ou reduzir a influência de Horner não seria tarefa simples. Com 21 anos de casa, ele é visto como figura-chave na estrutura da equipe, bem relacionado politicamente e altamente envolvido nas decisões estratégicas. Nomes como Peter Bayer, Andreas Seidl e Oliver Oakes chegaram a ser cogitados para substituí-lo, embora Oakes tenha sido descartado por pendências jurídicas com a Alpine.
Verstappen, por sua vez, ainda demonstra preferência por permanecer na Red Bull, mas estaria disposto a buscar outra equipe caso nenhuma mudança seja feita. Internamente, a avaliação é clara: sem o piloto #1, o valor esportivo da equipe desaba, percepção sustentada pela performance inconsistente do segundo carro nos últimos anos, independentemente de quem o pilote.
A decisão deve ser tomada até a pausa de verão, logo após o Grande Prêmio da Hungria. Toto Wolff, chefe da Mercedes, já admitiu conversas com o entorno de Verstappen e também estipulou as férias do meio do ano como prazo para definir sua dupla de pilotos para 2026. Em meio às negociações, Horner se mostrou incomodado com as especulações, mas evita comentar o assunto publicamente.
Além da Mercedes, a Aston Martin também monitora a situação de Verstappen. Segundo apuração da imprensa europeia, o time de Lawrence Stroll teria preparado uma proposta bilionária para seduzir o piloto neerlandês. Caso não consiga fechar o negócio, George Russell seria o “plano B” da equipe inglesa.
A Fórmula 1 retorna neste fim de semana, de 4 a 6 de julho, com o Grande Prêmio da Inglaterra, em Silverstone, 12ª etapa da temporada 2025, e os bastidores seguem tão agitados quanto a pista.