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Erro em sistema eletrônico de arbitragem em Wimbledon é atribuído a movimento de gandula

22:07, 9 julho 2025
Aline Feitosa
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Wimbledon voltou a ser palco de polêmica tecnológica nesta terça-feira (9), após uma falha do sistema eletrônico de marcação provocar confusão durante as quartas de final entre o americano Taylor Fritz e o russo Karen Khachanov. O erro ocorreu no quarto set, durante o saque de Fritz, quando o sistema sinalizou incorretamente uma falta no meio do ponto, obrigando a árbitra Louise Azemar-Engzell a interromper a jogada.

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Após contato com a equipe técnica, a árbitra ordenou que o ponto fosse repetido, alegando “mau funcionamento” do sistema. Em comunicado oficial enviado à CNN Esportes, o All England Lawn Tennis and Croquet Club (AELTC) esclareceu que a falha foi causada por um movimento inesperado de um gandula.

“O movimento de saque do jogador começou enquanto o gandula ainda cruzava a quadra, o que impediu o sistema de reconhecer o início do ponto”, explicou o AELTC. Replays confirmam que o gandula recolhia uma bola na quadra quando Fritz já se posicionava para o saque, embora o jovem americano estivesse pronto no momento do impacto com a bola.

Essa não foi a primeira falha do sistema nesta edição de Wimbledon. No último domingo (6), durante a vitória de Anastasia Pavlyuchenkova sobre Sonay Kartal nas oitavas de final, o sistema foi desligado por engano, gerando desinformação e paralisando a partida.

No primeiro set, um backhand de Kartal saiu da quadra, mas não foi registrado como “fora”. Pavlyuchenkova, a um ponto de vencer o game, parou de jogar, confusa com a ausência da marcação.

O árbitro Nico Helwerth precisou interromper o jogo após o sistema automatizado emitir comandos de voz como “pare, pare”, confundindo jogadoras e público. Ao todo, três erros de não detecção de bolas fora ocorreram na partida, dois dos quais precisaram ser corrigidos manualmente por Helwerth. O AELTC atribuiu o incidente a uma “falha humana” e ajustou o funcionamento do sistema desde então.

A adoção do sistema eletrônico para substituir os juízes de linha, figuras tradicionais do torneio, foi anunciada pelos organizadores em outubro de 2023. A medida alinha Wimbledon com outros torneios do circuito profissional, como o Aberto da Austrália, o US Open e os circuitos ATP e WTA, que já utilizam a tecnologia. Roland Garros permanece como o único Grand Slam a manter os juízes de linha humanos para marcações de “fora” e “falta”.

Apesar das intenções de modernização, a recepção dos atletas tem sido mista. Vários jogadores demonstraram desconfiança em relação à precisão do novo sistema. Entre os críticos, estão os britânicos Jack Draper e Emma Raducanu, esta última classificou o sistema como “duvidoso”.

Com as falhas acumuladas, cresce o debate sobre o equilíbrio entre tecnologia e tradição em um dos torneios mais emblemáticos do tênis mundial.

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