A relação entre Robert Lewandowski e a seleção da Polônia sofreu um duro abalo. Ídolo e capitão por mais de uma década, o atacante de 36 anos anunciou neste domingo (8) que não voltará a vestir a camisa da equipe nacional enquanto Michal Probierz permanecer como treinador.
A ruptura veio à tona após uma série de desentendimentos. Segundo apuração, o estopim foi o pedido de dispensa feito por Lewandowski nesta Data Fifa. Recuperando-se fisicamente de uma lesão séria que o afastou da reta final da temporada no Barcelona, o centroavante solicitou não ser convocado — o que não teria sido bem recebido pela comissão técnica.
A resposta da federação polonesa foi direta: neste fim de semana, anunciou oficialmente que Lewandowski deixava a braçadeira de capitão, que passaria a ser usada por Piotr Zielinski, meio-campista da Inter de Milão. A decisão causou indignação no atacante, que se manifestou publicamente nas redes sociais.
“Considerando as circunstâncias e a perda de confiança no treinador, decidi me afastar da seleção enquanto ele permanecer no cargo. Espero jogar pela melhor seleção do mundo novamente”, escreveu Lewandowski.
Apesar da ausência do camisa 9, a Polônia venceu a Moldávia por 2 a 0 em amistoso disputado na última sexta-feira. Na próxima terça-feira, a equipe encara a Finlândia, pelas Eliminatórias Europeias da Copa do Mundo de 2026.
Lewandowski deixa em aberto o retorno à seleção, mas condiciona seu futuro a uma mudança no comando técnico. Ídolo máximo da geração, ele acumula mais de 80 gols pela Polônia e participou de três edições da Eurocopa e duas Copas do Mundo. Seu afastamento, portanto, marca o início de um período turbulento para uma equipe que já enfrenta pressão por resultados e transição no elenco.