Bernie Ecclestone, ex-CEO da Fórmula 1, reagiu com surpresa à forma como a Red Bull anunciou a demissão de Christian Horner, encerrando imediatamente sua trajetória de 20 anos como chefe de equipe. Em entrevista ao site RacingNews365, o dirigente britânico afirmou que o tom do comunicado oficial indica que a decisão pode ter sido motivada por algo grave.
“Para mim, deve ser algo muito sério. Conversei com Horner no dia anterior, e ele não mencionou nada. Falamos normalmente sobre Max [Verstappen], nada relacionado a isso”, revelou Ecclestone, levantando dúvidas sobre a forma como a situação foi conduzida.
A Red Bull anunciou a saída de Horner na última quarta-feira (9), utilizando a expressão “com efeito imediato” em seu comunicado, detalhe que chamou ainda mais a atenção do ex-chefão da F1.
“O mundo inteiro leu a mesma coisa: Horner foi demitido com efeito imediato. Isso é o que me intriga. Por que não permitir uma saída mais diplomática? É como se ele tivesse cometido um crime”, ironizou.
Ecclestone ainda sugeriu que a equipe poderia ter optado por um comunicado mais neutro, como uma “decisão mútua” ou um “afastamento planejado”, em vez de uma ruptura abrupta.
“Se você vai demitir alguém, normalmente há uma conversa antes. Dizem que foi uma decisão conjunta, ou algo semelhante. Para tomar esse tipo de atitude pública, algo drástico deve ter acontecido”, concluiu.
A saída de Horner ocorre em meio a crescentes pressões internas, especialmente de membros próximos à equipe de Max Verstappen. No entanto, até o momento, a Red Bull não detalhou os motivos exatos por trás da decisão.