O presidente da Fórmula 1, Stefano Domenicali, se pronunciou nesta semana sobre o ataque aéreo realizado por Israel no Catar, que deixou seis mortos, e garantiu que a situação não deve afetar o GP do Catar, marcado para 30 de novembro, no Circuito Internacional de Lusail. O incidente ocorreu a cerca de 18 km do autódromo, no bairro West Bay Lagoon.
“É uma situação muito trágica e difícil. Estamos acompanhando de perto, mas, até agora, não há indicação de que isso represente uma preocupação para a corrida. Esperamos que o esporte traga positividade”, afirmou Domenicali, em entrevista ao jornal inglês The Observer.
O ataque, conduzido por jatos do Exército israelense em conjunto com a agência de inteligência do país, teve como alvo líderes do Hamas. Entre as vítimas estaria o filho de um negociador do acordo com Israel, além de um membro da Força de Segurança Interna do Catar.
Domenicali também destacou que a Fórmula 1 é um esporte global, que anualmente se encontra com líderes mundiais, e que pretende usar essa visibilidade para fomentar o diálogo internacional. Ele lembrou ainda episódios anteriores, como em 2022, quando bombardeios no Iêmen atingiram áreas próximas ao Circuito de Jeddah, na Arábia Saudita, sem impedir a realização da etapa.
Após o GP do Catar, a F1 fará uma pausa antes de retornar ao calendário 2025 com o GP do Azerbaijão, país que historicamente se envolveu em conflitos com a Armênia na região de Nagorno-Karabakh. Um acordo de paz entre as duas nações foi anunciado no mês passado.