Djokovic retorna em Xangai após pausa e projeta duelo com nova geração do tênis

Durante a pausa, Djokovic ficou fora da Copa Davis, já que a Sérvia havia sido eliminada em fevereiro, e também não acompanhou os principais rivais, como Alcaraz, que atuou em Tóquio, e Jannik Sinner, que jogou em Pequim.

Antes de entrar em quadra, o número 1 do mundo destacou que segue medindo seu nível em relação aos dois jovens que têm ditado o ritmo do circuito.

“ Ainda quero competir no mesmo nível de Carlos e Jannik nos Grand Slams. Se não estiver 100% fisicamente, todo o meu jogo é comprometido. É difícil vencê-los em melhor de cinco sets, mas em torneios de três sets ao longo de uma semana acredito ter minhas melhores chances”, disse o sérvio.

Na avaliação da temporada, Djokovic ressaltou sua consistência nos grandes torneios.
“Fora as derrotas para os dois melhores jogadores do momento, joguei bem nos Slams e cheguei às semifinais em todos. Isso mostra regularidade, mas, claro, sempre quero mais. Tenho dentro de mim esse espírito de vencedor”,declarou.

O sorteio em Xangai pode colocá-lo novamente frente a frente com Sinner em uma possível semifinal. Para Djokovic, as derrotas recentes servem como combustível:
“Não é ideal perder os grandes jogos, mas isso não me desanima. Não jogo apenas por títulos e resultados, também sigo pelo amor ao tênis e pelo desejo de contribuir para o crescimento do esporte”.

O sérvio voltou a criticar a mudança no formato dos Masters 1000, que agora duram duas semanas.
“Sempre fui contra essa extensão. Não acho que seja boa para os jogadores. Vejo colegas reclamando de obrigações, mas ao mesmo tempo se inscrevendo em exibições. Há contradição e falta de união entre nós”, avaliou.

Por fim, Djokovic falou sobre a ausência da família nesta viagem, reforçando o quanto a presença dela o inspira.
“Minha esposa e meus filhos são meus maiores apoiadores. Meu filho Stefan insiste em me acompanhar, mas não pode estar aqui por causa da escola. Tê-los por perto me dá energia extra”,concluiu.