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Demissão de Christian Horner pode custar quase meio bilhão de reais à Red Bull e agrava crise nos bastidores da F1

23:07, 12 julho 2025
Aline Feitosa
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A surpreendente saída de Christian Horner do comando da Red Bull Racing segue repercutindo intensamente no mundo da Fórmula 1 e pode representar um impacto financeiro bilionário para a equipe austríaca. De acordo com o jornal britânico The Telegraph, a rescisão contratual do dirigente, que tinha vínculo firmado até 2030, pode render a ele uma indenização superior a 50 milhões de libras esterlinas, algo em torno de R$ 374 milhões. Contudo, o montante pode ser ainda maior: com um salário anual estimado em 9 milhões de libras (R$ 67 milhões), há quem aposte que a cifra final supere os 60 milhões de libras, passando dos R$ 440 milhões.

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A decisão, anunciada na quarta-feira (9), gerou espanto até entre os nomes mais experientes do automobilismo. Bernie Ecclestone, ex-chefão da Fórmula 1, reagiu com estranheza e declarou que “algo muito sério” deve ter motivado a demissão.

De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, a saída de Horner foi resultado de uma combinação de fatores: desde o alto custo para manter o dirigente até decisões contestadas em sua gestão, como a renovação do contrato de Sergio Pérez, que acabou dispensado em 2024, abrindo espaço para a promoção de Liam Lawson à equipe principal.

A repercussão vai além do paddock da Red Bull. A imprensa internacional aponta que o episódio causou desconforto em rivais como McLaren e Mercedes, além de ter alimentado tensões internas, especialmente com Jos Verstappen, pai de Max Verstappen. Embora o tricampeão mundial evitasse declarações públicas, sua relação com Horner já vinha sendo descrita como desgastada.

Horner, de 51 anos, estava à frente da Red Bull desde a fundação da equipe na Fórmula 1, em 2005. Foi sob sua liderança que a escuderia viveu sua era mais vitoriosa, com oito títulos mundiais de pilotos, seis conquistas de construtores, 124 vitórias e 287 pódios em 405 corridas disputadas, um currículo que a coloca entre as grandes potências da era moderna da F1.

Mesmo com o histórico vitorioso, Horner não deve assumir outra função em uma equipe de ponta tão cedo. A Corriere della Sera afirma que a Ferrari, por exemplo, não demonstra interesse em contar com o executivo, citando preocupações com seu comportamento profissional.

Agora, a Red Bull se vê diante de um recomeço turbulento. Além da necessidade de administrar um prejuízo milionário, a equipe precisa conter o desgaste interno e manter o foco em um campeonato que ainda promete muitas emoções dentro, e fora, das pistas.

Publicado em: Notícias,
Rostos: Christian Horner
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