A briga generalizada que marcou o fim da luta de exibição entre Acelino “Popó” Freitas e Wanderlei Silva, no último sábado (27), em São Paulo, pode ter desdobramentos graves na Justiça.
A defesa de Wanderlei afirmou nesta segunda-feira (29) que estuda processar criminalmente Rafael Freitas, filho de Popó, e outros integrantes da equipe do tetracampeão mundial de boxe.
Segundo o advogado de Wanderlei, Claudio Dalledone Júnior, a agressão sofrida pelo ex-lutador de MMA pode ser enquadrada como tentativa de homicídio com dolo eventual, já que Rafael, profissional de boxe, teria assumido o risco ao atacar pelas costas um homem de 50 anos que havia acabado de lutar e estava indefeso.
“Aquele que agrediu traiçoeiramente um homem de guarda baixa será punido criminalmente. Não há sombra de dúvidas de que houve, no mínimo, uma lesão grave, que pode até evoluir para gravíssima. Estamos falando de dolo eventual, de tentativa de homicídio”, declarou o advogado.
A confusão começou logo após a desclassificação de Wanderlei Silva, punido por cabeçadas. Antes mesmo do anúncio oficial da vitória de Popó, integrantes das duas equipes invadiram o ringue, iniciando um confronto generalizado que precisou ser contido pelos seguranças do evento.
Durante o tumulto, Wanderlei foi nocauteado. As imagens da transmissão identificaram Rafael Freitas, trajando roupas sociais e segurando um cinturão, como o autor dos golpes: um soco na nuca seguido de outro direto, que derrubou o ex-campeão do Pride.