Crise na Inter de Milão: Lautaro critica elenco, Çalhanoğlu rebate, e diretoria cogita rescisão

Aline Feitosa
A eliminação precoce da Inter de Milão na Copa do Mundo de Clubes, após a derrota por 2 a 0 para o Fluminense na segunda-feira (30), acirrou os ânimos nos bastidores do clube italiano e escancarou uma crise interna.

Logo após a partida em Orlando, o atacante Lautaro Martínez, capitão da equipe, não poupou críticas aos colegas de vestiário em entrevista que repercutiu fortemente na imprensa europeia.

“Não quero perder. Aqui na Inter você tem que querer ficar. Lutamos por objetivos. A mensagem é clara: quem quiser permanecer, fica; quem não quiser, que saia. Já vi muitas atitudes que não gostei. Sou o capitão e quero continuar no topo. Quem não estiver comprometido, adeus”, disparou o argentino, visivelmente irritado.

A fala de Lautaro teve alvo direto. O presidente do clube, Giuseppe Marotta, confirmou em entrevista posterior que o recado foi endereçado ao meio-campista Hakan Çalhanoğlu.

“Lautaro preferiu não citar nomes, mas eu digo: foi para o Çalhanoğlu. Vamos conversar com ele. Se houver espaço legal para uma rescisão contratual, não hesitaremos”, afirmou o dirigente.

Na manhã desta terça-feira (1), o meia turco respondeu às declarações em nota oficial publicada em suas redes sociais. Visivelmente abalado, Çalhanoğlu esclareceu sua ausência no Mundial e rebateu as acusações de descompromisso.

“Sofri uma nova lesão durante um treino nos Estados Unidos. O diagnóstico foi uma ruptura muscular, por isso não pude atuar. Ainda assim, estive com o grupo, liguei para os companheiros após a eliminação e senti a dor da derrota como todos”, explicou.

“Fiquei surpreso com as palavras duras que vieram depois. Palavras que dividem, não que unem. Sempre assumi minhas responsabilidades, nunca busquei desculpas. O respeito precisa ser mútuo. Nunca traí esta camisa. Recusei ofertas importantes no passado porque escolhi ficar na Inter. Acredito que verdadeiros líderes apoiam seus companheiros, não apontam culpados nos momentos difíceis”, completou.

A crise interna agrava o momento delicado do clube. Após uma temporada marcada por decepções, entre elas, a derrota por 5 a 0 para o PSG na final da Champions League e a perda do título italiano na última rodada para o Napoli, a Inter vê seu vestiário rachado.

A saída do técnico Simone Inzaghi, responsável por implementar um futebol ofensivo e admirado na Europa, acentuou ainda mais a turbulência. Sem conquistas, com um elenco abalado e incertezas no comando técnico, o clube entra em uma fase de reconstrução.

Eliminada nas oitavas do Mundial de Clubes, a Inter de Milão terá agora um período sem compromissos oficiais para tentar se reagrupar, restaurar a harmonia interna e planejar a próxima temporada com maior estabilidade.

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