A tensão dentro da Ferrari atingiu o ponto máximo após o GP do Brasil de 2025. O presidente da escuderia, John Elkann, fez duras críticas aos pilotos Lewis Hamilton e Charles Leclerc, cobrando mais comprometimento com a equipe e menos individualismo após o duplo abandono em Interlagos.
“Deveriam falar menos e se concentrar em pilotar. A Ferrari precisa de pilotos que pensem menos neles mesmos e mais na equipe”, declarou Elkann durante um evento do Comitê Olímpico Italiano, evidenciando o clima de insatisfação interna.
As críticas vieram logo após Hamilton expressar frustração com o desempenho da temporada. O britânico abandonou a prova na volta 37, após se envolver em incidentes com Carlos Sainz e Franco Colapinto.
“É um pesadelo. Tenho vivido isso há algum tempo. Sonhei em correr por essa equipe maravilhosa, mas os resultados têm sido um tormento”, disse o heptacampeão à Sky Sports.
Contratado como a grande estrela para 2025, Hamilton ainda não subiu ao pódio com a Ferrari e ocupa apenas o sexto lugar no Mundial de Pilotos, com 148 pontos. Seu companheiro, Leclerc, também deixou a corrida cedo, na volta 6, após uma batida com o jovem Kimi Antonelli.
Elkann reforçou que o sucesso da Ferrari depende da união interna:
“A Ferrari só vence quando está unida. Temos os melhores mecânicos e engenheiros, que trabalham incansavelmente para melhorar o carro”, afirmou.
Segundo o jornal italiano “Corriere della Sera”, o clima nos bastidores é de crescente desconforto, e a postura dos pilotos tem incomodado a alta cúpula da equipe.
A próxima etapa da Fórmula 1 acontece nos Estados Unidos, com o GP de Las Vegas, marcado para o dia 23 de novembro, e a pressão sobre a Ferrari promete ser ainda maior.