Crise na base: Gaviões cobra explicações e Corinthians é excluído de grupo de clubes formadores após denúncias

Aline Feitosa
A turbulência nas categorias de base do Corinthians ganhou novos capítulos na última tsexta-feira (9). A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, publicou nota oficial após visitar o CT Dr. Joaquim Grava em busca de esclarecimentos sobre denúncias graves envolvendo supostas irregularidades no setor, como a cobrança de propinas para facilitar contratações de jovens atletas.

Segundo o comunicado, até o momento não há confirmação das denúncias, mas a diretoria alvinegra decidiu afastar preventivamente Claudinei Alves, diretor-geral da base, enquanto as investigações seguem em andamento. A decisão foi tomada após áudios circularem nas redes sociais e nos bastidores do futebol, levantando suspeitas sobre a lisura do processo de captação de talentos no clube.

A visita ao centro de treinamentos teve como objetivo buscar informações diretamente com os dirigentes antes que a organizada tomasse medidas mais contundentes. Em sua nota, a Gaviões reiterou seu papel como entidade fiscalizadora independente e prometeu manter a vigilância sobre a administração do Corinthians, com foco na transparência e na defesa dos interesses da torcida.

Atualmente, além de Claudinei Alves, a estrutura da base do Timão conta com Alex Brasil como executivo de futebol de base, Chicão — ex-zagueiro do clube — como coordenador de transição, Batata como coordenador técnico e Valmir Costa, ex-diretor-adjunto, que agora atua como secretário-geral, embora ainda tenha seu nome associado ao setor.

Exclusão do MCF acirra crise

O cenário delicado na base corintiana se agravou ainda mais com a exclusão do clube do Movimento de Clubes Formadores do Futebol Brasileiro (MCF), oficializada em janeiro deste ano. A decisão veio após uma denúncia formal feita por João Paulo Sampaio, coordenador da base do Palmeiras, que acusou o Corinthians de tentar aliciar um jovem atleta ainda vinculado ao rival.

De acordo com o Palmeiras, houve abordagem irregular por parte do Timão, o que contraria o código de ética do MCF, que reúne as principais instituições formadoras de atletas do país. O Corinthians negou qualquer prática ilegal, afirmou que atua dentro das normas vigentes e lamentou a decisão do movimento, alegando que a exclusão pode comprometer sua participação em torneios oficiais organizados pela CBF.

A diretoria alvinegra também questionou a condução do processo, afirmando que não teve espaço adequado para se defender e classificou a medida como prejudicial ao desenvolvimento de suas categorias de base.

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