Cris Cyborg completa 40 anos celebrando legado no MMA e trajetória improvável no esporte
Nascida em Curitiba, em 1985, Cristiane Justino começou a praticar esportes aos 12 anos. Antes da luta, passou por modalidades como futebol, atletismo e se destacou no handebol, esporte que lhe garantiu bolsas de estudo. Foi justamente em uma partida universitária que sua trajetória mudou.
“ Eu não sonhava em ser lutadora. Jogava handebol e estava prestes a me mudar para Santa Catarina com uma bolsa para continuar no esporte. Um professor faixa-preta da Chute Boxe, o Jorginho Caram, me viu jogando e disse: “você nasceu para lutar, pode ser campeã mundial”. A partir daí tudo começou”, contou Cyborg, em entrevista ao Combate.com.
Determinada a competir, Cyborg treinou durante seis meses antes de estrear profissionalmente em 2005. Sua primeira luta foi contra Erica Paes, que a derrotou. Ainda naquele ano, ela conquistou sua primeira vitória ao superar Vanessa Porto.
A carreira internacional teve início três anos depois, em 2008, na Elite Xtreme Combat. Em suas duas lutas pela organização norte-americana, venceu Shayna Baszler e Yoko Takahashi, ambas de forma convincente. No ano seguinte, veio o primeiro título: enfrentou a invicta Gina Carano no Strikeforce e conquistou o cinturão dos penas (66kg) com um nocaute dominante.
Além das vitórias, Cris Cyborg se tornou referência para uma nova geração de atletas mulheres, em um esporte até então dominado por homens.
“Acredito que meu principal papel foi abrir portas. Muitas meninas me dizem que começaram a lutar depois de ver minha luta com a Gina. Sempre quis mostrar que mulheres podem lutar com a mesma intensidade dos homens. Muita gente ainda tem o preconceito de que luta feminina é puxar cabelo, briga feia. Eu quis mudar isso com agressividade, busca por nocautes, e conquistar o respeito dos fãs”, destacou.
Com um cartel de 16 vitórias em 18 lutas, Cris Cyborg viu seu nome ganhar força entre os fãs que pediam sua contratação pelo UFC. Em 2016, a estreia no octógono aconteceu com um nocaute avassalador sobre Leslie Smith no primeiro round. No combate seguinte, derrotou Lina Länsberg, o que a credenciou para disputar o cinturão peso-pena contra Tonya Evinger. Mais uma vez, Cyborg brilhou: nocaute no terceiro round e o título do Ultimate garantido.
Hoje, aos 40 anos, Cris Cyborg é mais do que uma campeã, é um símbolo de transformação e força para o MMA feminino, dentro e fora do cage.
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