Conselho de Milão aprova venda do San Siro; Inter e Milan avançam em projeto para novo estádio
Inaugurado em 1926 e reformado para a Copa do Mundo de 1990, o San Siro se tornou um símbolo do futebol mundial, reconhecido pelas escadarias em espiral que marcam sua arquitetura. No entanto, apesar de sua importância histórica, o estádio já não atende aos padrões modernos de conforto e geração de receita exigidos pelas grandes ligas europeias. Inter e Milan, que dividem a casa há décadas, defendem que uma nova arena conjunta é fundamental para se manterem competitivos no cenário internacional.
Na semana passada, os clubes anunciaram a contratação dos escritórios Foster + Partners e Manica para desenhar o projeto da nova casa, que terá capacidade para 71,5 mil torcedores e fará parte de um amplo complexo de reurbanização, incluindo áreas comerciais e residenciais. O plano, discutido desde 2019, enfrentou forte resistência de movimentos locais contrários à demolição do estádio.
“Estamos tentando virar a página. Este é apenas o começo”, declarou a vice-prefeita Anna Scavuzzo após quase 12 horas de sessão que selaram a aprovação.
O San Siro seguirá em funcionamento até a entrega do novo estádio, previsto para ser construído em terreno próximo. A demolição preservará apenas parte da segunda arquibancada como patrimônio histórico. Antes do adeus definitivo, a arena ainda receberá a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026.
A pressão por modernização das arenas italianas vem crescendo, seja pela necessidade de atrair investimentos estrangeiros, seja pela preparação para a Eurocopa de 2032, que o país organizará em parceria com a Turquia.
Oficialmente batizado de Giuseppe Meazza, em homenagem ao craque que brilhou nas décadas de 1920 a 1940, o San Siro é o maior estádio da Itália, com capacidade para quase 76 mil pessoas, e já recebeu algumas das maiores partidas e shows da história.
Inicialmente favorável a uma grande reforma do estádio, o prefeito Giuseppe Sala acabou apoiando o novo projeto após Inter e Milan ameaçarem construir arenas independentes fora da cidade, o que poderia deixar Milão responsável por um “elefante branco”. Atualmente, os clubes são controlados por fundos de investimento norte-americanos: RedBird (Milan) e Oaktree (Inter)
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