Conor McGregor desiste de candidatura à presidência da Irlanda, mas promete seguir na política

“Após cuidadosa consideração e consulta com minha família, estou retirando minha candidatura. Não foi uma escolha fácil, mas é a decisão correta neste momento”, declarou.

Apesar da desistência, McGregor assegurou que seguirá atuante no debate público. “Continuarei a defender os interesses sociais e econômicos da Irlanda. Não resta dúvida quanto a isso”, afirmou.

O lutador buscou transformar sua enorme popularidade em votos, tentando atrair apoio de figuras internacionais como Elon Musk. Em agosto, chegou a lançar uma petição online que reuniu mais de 16,5 mil assinaturas, embora sem validade legal.

Pelas regras eleitorais, apenas candidatos indicados por pelo menos 20 parlamentares ou quatro conselhos locais podem disputar o pleito, barreira que McGregor não conseguiu superar. No fim de semana, chegou a criticar o sistema, classificando-o como “antidemocrático”.

Figura marcada por posições nacionalistas e conservadoras, McGregor foi recebido por Donald Trump na Casa Branca durante as comemorações do Dia de São Patrício, em março deste ano. No entanto, sua imagem política enfrenta entraves significativos. Em novembro de 2024, ele foi condenado por agressão sexual relativa a um caso ocorrido em 2018, em Dublin, e obrigado a pagar indenização de 248,6 mil euros a uma mulher.

Somada à ausência prolongada do octógono, desde a derrota para Dustin Poirier em 2021, quando fraturou a perna, a condenação reduziu seu capital político. Pesquisas recentes do Sunday Independent apontaram apenas 7% de intenção de voto em seu nome.

Mesmo diante do cenário desfavorável, McGregor sinalizou que não abandonará de vez a política. “Quero assegurar ao povo da Irlanda que esta não será minha última eleição. Vocês ainda me verão de volta, lutando por seus direitos”, garantiu.

Paralelamente, o irlandês mantém aberta a possibilidade de retornar ao UFC, inclusive em um evento que a organização planeja sediar na Casa Branca, nos Estados Unidos, em 2026.