Christian Vieri apoia demolição do San Siro

O negócio marca um passo decisivo no projeto das duas equipes: demolir 90% da estrutura atual para dar lugar a uma arena moderna, com capacidade para 71,5 mil torcedores, a ser erguida ao lado do estádio histórico.

Ídolo que vestiu as camisas dos dois rivais, Christian Vieri apoiou a decisão e citou o exemplo inglês.

“Já era hora. Finalmente, Milão terá o estádio que merece. Até Wembley foi demolido e reconstruído, e agora é uma arena moderna, adaptada ao futebol e à sociedade atual. Podemos fazer o mesmo”, declarou o ex-atacante da seleção italiana.

O plano inicial previa a inauguração em 2027, mas entraves legais, sobretudo a aprovação da Câmara Municipal, atrasaram o cronograma. Agora, o objetivo é entregar a nova casa em 2031, em tempo para a Eurocopa de 2032, que será organizada conjuntamente por Itália e Turquia.

Segundo Vieri, a modernização é essencial para manter a cidade no centro das grandes competições.
“ Não poder receber a Eurocopa ou uma final da Champions por falta de um estádio adequado é inaceitável. Isso não beneficia ninguém”, afirmou.

O San Siro foi inaugurado em 1926, com vitória da Inter sobre o Milan por 6 a 3, em pleno “Derby della Madonnina”. O estádio pertencia inicialmente ao Milan, mas passou a ser compartilhado em 1947, quando a Prefeitura assumiu a propriedade.

Em 1980, o local foi rebatizado como Giuseppe Meazza, em homenagem ao lendário atacante bicampeão mundial pela Itália (1934 e 1938) e ídolo dos dois clubes milaneses.

Mesmo sem posse legal, Milan e Inter sempre foram responsáveis pela administração e manutenção do estádio, em um modelo parecido ao de Flamengo e Fluminense no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Com quase 100 anos de história, o San Siro deve se despedir em grande estilo antes de dar lugar a um novo capítulo na história do futebol europeu.